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Boletim de Ocorrência

Renato Dornelles: "Armar o cidadão não é a solução"

06/10/2015 - 08h18min

Atualizada em: 06/10/2015 - 08h18min


Brigada Militar / Divulgação

Medo, sensação de impunidade, descrença no sistema de Justiça Criminal, revolta com crimes bárbaros convertem-se facilmente em desejo de vigança. Por conta disso, em uma sociedade na qual as soluções para os graves problemas parecem cada vez mais distantes, não há surpresa no fato de boa parte da população considerar que "bandido bom é bandido morto".

Metade da população das grandes cidades considera que "bandido bom é bandido morto"

Não vejo como solução - bem ao contrário disso - armar a população para que cada um exerça o seu direito de defesa. Certamente, os índices de mortes, principalmente de inocentes, iriam dar saltos exorbitantes. Tanto por conta do aumento da violência dos criminosos (que, sob o risco de reação, iriam atirar com muito mais frequência), quanto por erro de pessoas que, em pânico, disparariam em qualquer  um que julgasse suspeito.

Faltam políticas públicas

O "endurecimento" sem planejamento e meramente demagógico só faz crescer a violência. Lembro sempre  que, na esteira do "massacre do Carandiru" (no qual 111 presos foram mortos pela PM paulista) surgiu o Primeiro Comando da Capital (PCC). Sem políticas públicas que combatam as causas, os efeitos e o próprio crime, a situação só tende a piorar.


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