Polícia



Boletim de Ocorrência

Renato Dornelles: "Melhorias no Presídio Central"

18/11/2015 - 23h16min

Atualizada em: 18/11/2015 - 23h16min


Renato Dornelles / DG
Atividades de Valorização Humana

A direção do Presídio Central apresentou melhorias no local, neste semana. As novidades são a ampliação da Unidade Básica de Saúde, a revitalização da Agência de Inteligência e do Núcleo de Ensino e Educação de Jovens Adultos (Neeja).

As medidas, adotadas com apoio da Defensoria Pública do Rio Grande do Sul e da Vara de Execução das Penas e. Medidas Alternativas (VEPMA), fazem parte de um projeto que vem sendo implementado pela atual direção, para melhorar as condições da prisão, que já foi apontada pela CPI do Sistema Carcerário da Câmara dos Deputados como o pior presídio do país.

Atendendo a convite, tive a oportunidade de conferir as mudanças e, com base nisso, posso atestar que, além de significativas, são dignas de reconhecimento.

A Unidade Básica de Saúde, além de ampliada, recebeu a doação de um automóvel, com o qual o material coletado em exames poderá ser encaminhado com maior agilidade aos laboratórios conveniados.

Além disso, agora passa a contar com uma farmácia em sala própria, deixando de dividir espaço com o consultório médico - onde o incansável Clodoaldo Pinilla exerce a profissão há 35 anos.

A Agência de Inteligência passou a contador um número maior de câmeras para o monitoramento interno e do entorno do presídio. Além disso, conta com imagens exibidas em alta definição, o que permite uma fácil identificação.

Chamou-me a atenção, também, a transferência do AVH (Atividade de Valorização Humana), funcionando agora em um espaço que estava obsoleto. Neste local, apenados poderão exercer suas habilidades artísticas e manuais, o que, além de tudo, poderá lhe gerar renda.

E ainda vem mais novidades por aí.  O atual diretor, tenente-coronel Marcelo Gayer Barboza, projeta para o próximo ano melhorias nos pátios e no sistema de esgoto, entre outras.

Sem dúvida, toda e qualquer reforma no local, por mais que muitas pessoas não tenham essa compreensão, são benéficas para a sociedade como um todo.

Por outro lado, há problemas sistêmicos, que independem das direções e dos servidores, que não medem esforços para um bom funcionamento do presídio. O maior de todos é a superlotação crônica. Enquanto a prisão estiver abrigando o dobro de presos de sua capacidade, todo e qualquer esforço será paliativo.

Com galerias superlotadas, não há como o Estado exercer um efetivo controle do cumprimento de penas e da própria massa carcerária. E esse descontrole tem reflexos diretos na sociedade como um todo. Muitas vezes, trágicos. 


MAIS SOBRE

Últimas Notícias