Boletim de Ocorrência
Renato Dornelles: "Jonas Dedão regenerou-se... no discurso"
Jones Antônio Machado, o Jonas Dedão, fez parte de uma geração de assaltantes que ganhava manchetes nos três Estados do Sul na década de 90, como Piaco, Claudinho, Alemão Cléo e, principalmente, Claudio Adriano Ribeiro, o Papagaio, que ainda cumpre pena na Pasc. Suas especialidades eram assaltos a banco e carros-fortes e contrabando de armas.
Inicialmente, Jonas eram um coadjuvante na quadrilha de Papagaio. As ações do grupo costumavam ter grande rendimento. Nos roubos, era costume obterem valores acima de R$ 500 mil.
Como em dezembro de 1995, quando roubaram R$ 965 mil, o equivalente a US$ 1 milhão (isso mesmo, o real valia mais do que o dólar) de um carro-forte. Usaram fuzis, fardas policiais e carros que simulavam viaturas policiais.
Mas, ainda durante aquele período, a disputa de uma mulher separou a dupla. Papagaio seguiu liderando o seu bando, e Jonas passou a ter luz própria no mundo do crime, comandando outra quadrilha.
Em 1997, já como protagonista, organizou um assalto em que ele e os comparsas se disfarçaram de PMs e carteiros para distrair vigilantes de um carro-forte, em Guaporé. Após dominá-los, fugiram com um malote com R$ 503 mil.
Entre fugas e recapturas, Jonas teve um momento em que, supostamente, parecia arrependido da vida que levava. Enquanto a polícia investigava possíveis ligações dele com o assaltante de carros-fortes José Carlos dos Santos, o Seco, entregou-se à polícia em 2005, com um discurso de quem queria cumprir a pena e se regenerar: "Quero outra vida", disse ele na época. Pura balela.