Investigação
Soldado que matou homem que furou abordagem na Capital fica em silêncio em depoimento
Vilmar Mattielo, de 57 anos, foi atingido por um tiro no tórax na última semana
O soldado que disparou contra um veículo Honda Civic, matando o condutor que se recusou a para em uma abordagem, na semana passada, ficou em silêncio no depoimento à Polícia Civil. Ele vai se manifestar apenas em juízo. Outras testemunhas seguem sendo ouvidas, como policiais que participaram da ação. A investigação aguarda imagens de câmeras de segurança que podem confirmar os fatos relatados pelos brigadianos ou pelo passageiro do carro.
“Seguimos ouvindo os policiais e vamos analisar as imagens para ver onde começou a perseguição”, relata a delegada responsável pelo caso, Elisa Ferreira de Souza.
Um inquérito policial militar foi aberto pelo 1º Batalhão da BM da Capital. O tenente-coronel Kleber Goulart, que comanda a unidade, relata que já ouviu o soldado, mas que não vai adiantar o teor do depoimento para não atrapalhar o andamento da investigação interna.
A perseguição ao carro onde estava o engenheiro Vilmar Mattielo, de 57 anos, começou depois de ele ter se recusado a parar em uma abordagem policial. O soldado disparou três vezes contra o veículo e um dos tiros atingiu o tórax da vítima. O passageiro que estava no carro disse que Mattielo tinha bebido e por isso não quis parar o veículo. De acordo com a BM, os policiais desconfiaram que o automóvel era roubado, depois que ele passou em alta velocidade em um cruzamento da Avenida Otto Niemeyer, Bairro Tristeza, zona sul da Capital.