Riozinho
Advogada presa nega extorsão e diz que dinheiro era de honorários
Mara Rosane Sarquiz foi presa ao ser flagrada recebendo R$ 100 mil do prefeito de Riozinho
A advogada Mara Rosane Sarquiz - acusada de extorquir o prefeito de Riozinho - prestou depoimento à Polícia Civil após ser presa, nesta quarta-feira (20), em Rolante, no Vale do Paranhana. Ela estava acompanhada do representante da seccional da OAB de Taquara e do seu advogado.
Inicialmente, Mara disse que só falaria em juízo, mas acabou respondendo algumas perguntas da delegada Elisangela Reghelin.
A advogada foi presa no momento em que recebia R$ 100 mil do prefeito de Riozinho, Airton Trevisani da Rosa, na tarde de ontem. Foi o político quem acertou com a polícia o flagrante.
O prefeito disse que estava sendo ameaçado há pelo menos cinco meses pela advogada, que prometia divulgar que ele estaria acobertando irregularidades na adoção de crianças na cidade e dois casos de abuso sexual praticados por um ex-vereador e por um vereador do município. A delegada conta que a advogada negou que o dinheiro fosse objeto de extorsão, sustentando que estava sendo vítima de uma armação.
"Ela disse que os R$ 100 mil eram honorários. Disse que ela estaria sendo contratada pelo prefeito para uma assessoria jurídica da futura campanha dele, e que nunca pediu dinheiro a ele", contou a delegada.
Elisangela Reghelin destaca que Mara chegou a exigir R$ 200 mil, valor não arrecadado pelo prefeito. A delegada afirma ainda que as possíveis irregularidades na adoção de crianças e os casos de abuso sexual por um vereador e um ex-vereador estão sendo investigados.