Um homem foi agredido e esfaqueado por moradores do bairro Jardim do Salso, na zona leste de Porto Alegre, que acusavam a vítima de ser o criminoso que estuprou uma mulher após rendê-la em ônibus da linha T1. Conforme a delegada Tatiana Bastos, da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher, a vítima foi agredida por engano. A Polícia Civil mostrou a foto para a mulher que foi estuprada, que contou que ele sequer se parece com o criminoso.

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O caso aconteceu próximo das 18h de quinta-feira (2), na Rua 9, próximo da Avenida Cristiano Fischer. Segundo o registro feito pela Brigada Militar, cerca de oito pessoas perseguiram o homem. Depois, o espancaram e esfaquearam. Ele conseguiu abrigo em um centro esportivo próximo do local.

A BM levou o homem para atendimento no Hospital Cristo Redentor, que não forneceu detalhes sobre o estado de saúde nesta sexta. A polícia pretende hoje localizar parentes do homem, que estava sem documentos e até o momento não foi identificado.

A delegada diz que a população não pode agir como polícia, e reforça que qualquer informação de suspeitos deve ser encaminhada para autoridades competentes. "Pedimos que a população não proceda desta maneira. Não é a primeira pessoa confundida com ele. Foi um inocente agredido, esfaqueado", afirma.

Estuprador do ônibus

A polícia divulgou no dia 1º de junho o retrato falado do suspeito de ter estuprado uma jovem de 19 anos, no começo do mês de maio, em Porto Alegre. A vítima estava em um ônibus da linha T1 quando o homem a rendeu com uma faca e a obrigou a descer do veículo. A polícia diz que ele age também em outras linhas, todas da Carris.

Segundo relato da vítima, o homem é branco, careca, tem aproximadamente 1m80cm e os “dentes da frente separados”, além de uma cicatriz na sobrancelha. A vítima contou à polícia que o suspeito levou-a para uma praça em frente ao colégio Fernando Gomes, no bairro Jardim do Salso, e que tirou parte da roupa da jovem.

O ataque parou quando um grupo de jovens passou pelo local. Outras vítimas foram localizadas em redes sociais, mas não registraram ocorrências.

* Rádio Gaúcha