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Médica e funcionária são indiciadas por irregularidades em Canela

Conforme polícia, mais de 100 mil reais foram pagos irregularmente a plantonista ao longo de cinco anos

18/07/2016 - 19h52min

Atualizada em: 18/07/2016 - 19h53min


A Polícia Civil indiciou uma médica e uma funcionária do Hospital de Caridade de Canela por pagamento irregular de honorários que chegaram a R$ 107 mil por horas não trabalhadas durante um período de cinco anos, entre 2010 e 2015. O inquérito foi concluído nesta segunda-feira. As informações são da Rádio Gaúcha

De acordo com o titular da Delegacia de Canela, Vladimir Medeiros, as investigações começaram a partir de uma vistoria do Ministério Público (MP) em dezembro de 2014, quando o MP constatou possíveis irregularidades no registro de ponto dos médicos, e enviou documentação à Polícia.

Conforme a investigação, a médica, uma plantonista de emergência que cumpria turnos de 12 horas, chegava a sair até quatro horas antes do fim do expediente, mas recebia por todo o período trabalhado, o que significava um pagamento indevido de até R$ 400,00 para um dia de plantão. Segundo o delegado, o registro era feito em livro-ponto à mão pelos próprios médicos: "verificamos que o sistema de controle para apurar as horas efetivamente trabalhadas era frágil", afirma.

A médica foi indiciada por peculato, falsidade ideológica e uso de documentos falsos. A funcionária indiciada era responsável pela apuração dos valores efetivamente devidos aos médicos, para encaminhando do pagamento de acordo com as horas trabalhadas. Ela foi indiciada por peculato culposo, por não ter havido a intenção de cometer a fraude. A Polícia não divulga a identidade das envolvidas.

Segundo o delegado, não foi constatado nenhum envolvimento por parte de escalões mais altos na administração do hospital. Inclusive, o procedimento de registro do ponto foi modificado, com a implantação de um livro ponto paralelo, não preenchido pelos próprios médicos, e mecanismos de conferência. A fraude ocorreu durante um período anterior à administração atual, que é do município desde abril de 2016.

O inquérito será remetido nesta terça-feira à Justiça.

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