Caso Nayara
Investigadores do Deca reforçam buscas por menina desaparecida em Caxias do Sul
Agentes do Departamento Estadual da Criança e Adolescente se uniram a força-tarefa nesta quinta-feira
A Polícia Civil de Caxias do Sul recebeu, nesta quinta-feira, o reforço de uma equipe de investigadores do setor de desaparecidos do Departamento Estadual da Criança e Adolescente (Deca), que tem sede em Porto Alegre. Eles se unem a força-tarefa que procura Nayara Soares Gomes, de sete anos, que desapareceu no bairro Esplanada quando caminhava para a Escola Municipal Renato João Cesa na manhã de sexta-feira.
O mistério do sumiço, que já completou as 144 horas, está em um trecho de 300 metros da Rua Júlio Calegari. Câmeras de estabelecimentos comerciais gravaram a menina passando pela esquina da Rua Marcelino Ramos pouco antes das 7h10min, porém a Polícia Civil não encontrou imagens dela acessando a Rua Pixinguinha, que levaria até a escola.
A principal linha de investigação é que a Nayara foi raptada próxima a esquina da Rua Mozart Perpétuo Socorro por alguém em um carro branco. O delegado Caio Márcio Fernandes, titular da Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA) de Caxias do Sul, no entanto, ressalta que nenhuma possibilidade está descarta e há outras linhas de investigação. Ele pede que a comunidade compreenda que este precisa ser um trabalho sigiloso, mas que todos os esforços são para encontrar a menina de sete anos.
— A partir deste momento, nossas diligências são sigilosas. A divulgação pode atrapalhar os resultados. (Hoje) recebemos apoio de uma equipe do Deca especialista em desaparecidos que irá nos auxiliar nas diligências. Estamos em análise de possibilidades e há um leque bastante grande — resume o chefe da DPCA.
Outro alerta do delegado Fernandes é sobre o surgimento de lendas urbanas. A Polícia Civil tem recebido cada vez mais informações sobre carros brancos.
— Quem tiver algo efetivamente concreto (sobre o Caso Nayara) venha até a delegacia e nos ajude. Mas tomem cuidado com informações repassadas por redes sociais. Pode reparar que nestas lendas urbanas (que estão surgindo), ninguém diz a placa do veículo. Logo alguém que não tem nada haver sofrerá uma enorme injustiça. Não podemos entrar neste raciocínio que qualquer pessoa dirigindo um carro branco é um potencial suspeito. Precisamos desmistificar (estas lendas) — afirma.
Confira os passos em que as câmeras mostram Nayara seguindo em direção ao colégio: