Caxias do Sul
Nayara desapareceu em trecho de 300 metros
Menina de sete anos sumiu na última sexta-feira (9), quando ia para a escola
Seis dias depois do desaparecimento da menina Nayara Soares Gomes, sete anos, em Caxias do Sul, a única certeza que a polícia tem é o trecho em que a criança sumiu.
De acordo com o delegado que conduz a investigação, Caio Márcio Fernandes, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), a equipe fez uma varredura em todas as casas e estabelecimentos comerciais que ficam na Rua Júlio Calegari, no trecho entre as ruas José Bernardi e Pixinguinha, em busca de câmeras de monitoramento. Todos os locais que têm os equipamentos cederam imagens, que já foram analisadas.
O último registro conhecido em que Nayara aparece é em frente a uma empresa 70 metros adiante do ponto onde, até terça-feira (13), se sabia que ela havia cruzado no outro lado da via.
Às 7h10min, a criança atravessa a rua em frente à empresa e segue caminhando pela calçada até sair do enquadramento, às 7h11min.
Adiante, pelo menos mais uma casa, no mesmo lado da via, e um estabelecimento, no outro lado da rua, têm câmeras. Conforme a polícia, nesse trecho, a menina desapareceu. As imagens estão com os investigadores, que pediram sigilo.
Na segunda-feira (12), o delegado confirmou que imagens mostram um carro branco fazendo uma manobra suspeita na esquina da ruas Júlio Calegari e Mozart Perpétuo Monteiro no mesmo horário em que a garota passava por ali.
A principal linha de investigação envolve esse veículo. Porém, nesta quarta-feira (14), o delegado explicou que não há imagem conclusiva que mostre a criança entrando no carro. Fernandes disse ainda que outros veículos estão sendo investigados.
Do ponto mais avançado onde a menina foi filmada, em frente a empresa, até a Rua Pixinguinha, onde ela deveria ter entrado para ir à Escola Municipal Renato João Cesa, são 300 metros.
— Temos um período entre duas câmeras e ela some entre esse trajeto (da Rua Marcelino Ramos até a Rua Pixinguinha) — diz o delegado.
A polícia concentra os trabalhos na busca por câmeras e na análise de imagens obtidas, e também trabalha na reformulação e possibilidade de outros trajetos que a menina possa ter tomado.