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Polícia Civil desarticula quadrilha gaúcha que se esconde em SC após roubos a bancos no RS

Grupo é investigado, entre outros crimes, por roubos a malote de shopping e por colocar falsas bombas em vigilante de transportadora em Porto Alegre  

24/05/2018 - 10h32min

Atualizada em: 24/05/2018 - 11h32min


Cid Martins
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Polícia Civil
Em Florianópolis, três criminosos foram presos e todos são investigados por ataques ocorridos no Rio Grande do Sul

Em uma ação conjunta das polícias gaúcha e catarinense, 31 agentes cumpriram na manhã desta quinta-feira (24) oito mandados de busca e três de prisão em Florianópolis. Uma quadrilha do Rio Grande do Sul é investigada por oito roubos no Estado desde o ano passado a lotéricas, bancos e carros-forte. Um dos casos, por exemplo, ocorreu em janeiro deste ano, quando o grupo fez dois vigilantes de uma transportadora de valores como reféns, colocando falsas bombas nas vítimas durante roubo na zona norte da Capital. Três investigados foram presos e uma pistola foi apreendida. 

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A investigação é da Delegacia de Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), que realiza nesta quinta-feira a terceira ação contra criminosos na semana. Depois de prender integrantes de quadrilhas que usam explosivos em ataques a banco e de ladrões de armas de um colecionador, os agentes miram uma organização criminosa que alterna componentes conforme as ocorrências e que tem ainda uma peculiaridade: os bandidos agem no Estado e depois sempre se escondem por vários dias em Florianópolis. 

O delegado João Paulo de Abreu diz que o objetivo é desarticular nesta ação parte do grupo, principalmente a que está ligada ao líder dos criminosos: Rafael Oliveira de Azambuja, o "Seco", 29 anos, que tem prisão preventiva decretada e que esteve detido entre 2013 e 2017. Desde então, ocorreram vários roubos atribuídos a ele e a comparsas. 

Polícia Civil
Rafael Oliveira de Azambuja, o "Seco", apontado como líder desta organização criminosa

Roubos

Seco é investigado por ser o autor de um roubo ao Banrisul, entre as avenidas França e Farrapos, em novembro do ano passado em Porto Alegre, quando renderam vigilantes e funcionários. 

Ele também é apontado como autor do roubo do malote de uma lotérica dentro do shopping Bourbon, na Avenida Ipiranga, na Capital, quando uma dupla rendeu funcionários e clientes. 

Seco é investigado ainda pelo roubo de uma lotérica em Alvorada, na Avenida Presidente Getúlio Vargas, em dezembro do ano passado, bem como roubo a uma lotérica e a um carro-forte na mesma ação, em abril deste ano na Avenida Presidente Roosevelt, na zona Norte da Capital.

Mas a polícia acredita que o fato mais ousado ocorreu em janeiro deste ano, no bairro Anchieta, também na zona norte de Porto Alegre. Os criminosos renderam dois vigilantes da empresa STV e, durante roubo de dinheiro de carro-forte, amarraram falsas bombas nos dois reféns. Eles foram usados na fuga e largados depois em outra região pelos ladrões. 

Reprodução / Brigada Militar
Em 2017, imagens de câmera de segurança capturaram o momento em que os criminosos deixaram uma lotérica após assalto

Operação Império 

Abreu diz que Seco é considerado perigoso e é um dos criminosos mais procurados pela polícia gaúcha. Hoje, na operação Império, deflagrada em Florianópolis, 21 agentes gaúchos e 10 catarinenses tiveram como meta buscar provas contra a quadrilha e prender três integrantes, dois com prisão preventiva e um com prisão temporária decretadas. Em todos os nove crimes investigados, quando envolve blindados, a empresa atacada é a STV.

— O objetivo é desarticular esta quadrilha, pelo menos foi prender alguns integrantes considerados importantes, mas também buscar provas de todos os ataques e dificultar qualquer possibilidade do Seco se rearticular rapidamente — afirma Abreu. 

O delegado diz que foram identificados pelo menos oito integrantes desta organização criminosa, mas nem todos agiram nos nove ataques investigados e eles se reúnem conforme o tipo de ocorrência. 

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