Polícia



55 estelionatos por dia

Quais os golpes mais comuns no RS e como se proteger

Entre janeiro e setembro de 2018, segundo dados da Secretaria da Segurança Pública, foram 15.032 casos registrados no Estado

19/10/2018 - 21h54min


Leticia Mendes
Leticia Mendes
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 Em média, por dia, 55 vítimas de golpistas procuram a polícia no Rio Grande do Sul. Entre janeiro e setembro deste ano, segundo a Secretaria da Segurança Pública, foram 15.032 registros — 1,2 mil a mais do que no mesmo período de 2017.  

Um dos golpes mais comuns é o conto do bilhete premiado. A trapaça também envolve uma espécie de teatro por parte dos golpistas, que inserem a vítima em um enredo. Mulheres idosas costumam ser os principais alvos

 — O idoso é uma vítima muito fácil para crimes de estelionato, por ser uma pessoa crédula e pelo fato de que gosta de conversar. Tem vergonha de ser mal educado — explica a delegada Larissa Fajardo, titular da Delegacia do Idoso de Porto Alegre.

A Capital concentra quase um quarto dos estelionatos no Estado (24%). Acostumada a atender casos esse tipo, a delegada diz que o poder de convencimento do estelionatário é alto. Aproveitam que a vítima não tem a mesma capacidade de raciocínio, por conta da idade, e falam sem parar. O golpe, em geral, envolve promessa de recompensa.

Cinco golpes mais comuns


Sobrinho ou primo em apuros

O estelionatário telefona para números aleatórios. Então se identifica como sobrinho ou primo da vítima. Durante a conversa, faz a pessoa adivinhar quem está telefonando.

Quando ela diz o nome de um parente, o estelionatário confirma ser ele. O golpista diz que está indo visitar as vítimas, mas sofreu um acidente na estrada e está sem dinheiro para o guincho ou mecânico. 

A vítima, convencida de que é um familiar, acaba depositando o dinheiro. Em algumas versões, o criminoso pede até que ela recarregue o celular dele.

Mensagem no celular

A vítima recebe uma mensagem de texto no celular, que informa que ela ganhou um carro, uma casa ou algum outro bem. Para retirar o prêmio, no entanto, precisa seguir uma série de instruções, que podem incluir o depósito de uma quantia ou fazer recargas em celulares. 

Envelope vazio

O golpista faz uma compra e promete fazer o pagamento por depósito. Ele deposita pelo caixa eletrônico um envelope vazio. Mas com isso obtém um comprovante de depósito. Consegue que a vítima lhe entregue o bem ou mercadoria, sem fazer o pagamento.

Como se proteger:

- A principal orientação é não acreditar em desconhecidos que lhe abordam na rua ou por telefone. Desconfie.

- Não faça depósitos bancários e nem recargas de celulares para quem não conhece.

- Se o contato for por telefone, questione a pessoa sem dar nomes de familiares e converse com outros parentes para se certificar sobre a possibilidade da história ser real.

- Depósitos só são confirmados pelo banco após a conferência do envelope. Então, aguarde para entregar a mercadoria.

- Se for vítima, chame a Brigada Militar ou vá até a Polícia Civil. Tente descrever aos policiais o máximo de características físicas dos golpistas.

Fonte: Polícia Civil



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