Região Metropolitana
"Vamos descobrir quem foi o monstro que fez isso", diz neta de idosa torturada e morta em Canoas
Corpo da mulher de 91 anos foi encontrado pela filha, na tarde do último domingo (11), na casa onde a vítima morava
Familiares de Maria Pasqua Dall Pra Dall Pizzol, 91 anos, ainda estão perplexos com a morte da idosa, que foi torturada e assassinada na casa onde morava, na Rua Sepé Tiaraju, no centro de Canoas, na Região Metropolitana.
O corpo de Maria foi encontrado pela filha, Silvana Dall Pizzol, na tarde de domingo (11). A vítima estava caída no chão, ensanguentada e com as mãos amarradas. A casa estava com a porta e uma janela abertas. Pertences haviam sido revirados.
— Era muito lúcida, cozinhava, lia jornal, fazia tudo. No domingo, minha mãe chegou mais ou menos 14h em casa, quando viu o portão fechado e a porta da frente da casa aberta — relembra a neta, Ana Carolina Ely.
A casa da vítima ficava ao lado do depósito de uma empresa, cujo alarme teria disparado naquela manhã. De acordo com a neta, o proprietário do estabelecimento chegou a ir até o local para verificar a razão para o o alerta ter sido acionado.
— Câmeras mostram que, em torno das 11h, um homem pulou da empresa para a casa da minha avó — conta a neta.
O criminoso levou cerca de R$ 300 e a aliança da vítima. Ainda tentou roubar um aparelho de televisão, mas não conseguiu.
— No velório, não tivemos como esconder os roxos. Ela deve ter levado socos, as mãos estavam roxas. Ela não tinha inimigos nem briga com vizinhos. A pessoa fez isso de maldade e fugiu pela porta da frente. A polícia está atrás e, se Deus quiser, vamos descobrir quem foi o monstro que fez isso —lamenta Ana.
Nascida em Guaporé, Maria mudou-se para Canoas com os pais, que vieram da Itália. Eles buscavam oportunidade de trabalho na Região Metropolitana. Viúva há 10 anos, teve três filhos, dois já falecidos, vítimas de câncer.
— Minha avó perdeu a primeira filha de leucemia, aos 15 anos, e o meu tio que morava com ela morreu, no ano passado, de câncer. Todos os dias ela rezava o terço e chorava.
A neta, que mora em Porto Alegre, costumava visitar a avó uma ou duas vezes por semana. Segundo a jovem, não havia carro na garagem, dinheiro ou joias na casa da idosa.
— Estamos em busca de justiça, não vamos descansar enquanto não encontrarmos quem fez isso.