Criminalidade
Roubo a bancos cresce 20% no Rio Grande do Sul em 2018
Por outro lado, furtos a instituições financeiras caiu 25,2%
Os ataques violentos de criminosos a bancos — alguns com explosivos e formação de cordão humano — fizeram os roubos a instituições financeiras crescerem 20% no Rio Grande do Sul no ano passado. Segundo dados obtidos por GaúchaZH, o número de assaltos passou de 65 em 2017 para 78 em 2018.
Por outro lado, os furtos a bancos diminuíram 25,2%. Em 2017 foram 147 registros, contra 110 casos. A nova chefe de Polícia Civil, Nadine Anflor, aposta na integração para frustrar as ações antes que aconteçam.
— A polícia vai ter que chegar antes. Embora a atuação preventiva seja da Brigada Militar, a gente também vai ter que se engajar nesse contexto e tentar chegar antes. Tem que tentar evitar isso. Depois que acontece, acaba muitas vezes em confrontos. Nenhuma polícia quer que termine assim — entende a policial.
Nadine admitiu a possibilidade de reforçar a Delegacia de Roubos, ligada ao Departamento Estadual de Investigação Criminal (Deic), para intensificar as investigações desses tipos de crimes.
Para o diretor do Deic, Sander Cajal, a receita é trabalhar em conjunto com as Delegacias de Repressão ao Crime Organizado (Draco), antigas.
O comandante da Brigada Militar, Mario Ikeda, reconhece a situação, mas observa que são feitas ações repressivas que não ganham visibilidade. O oficial salienta que os indiciadores criminais são analisados de perto para direcionar os efetivos.
"Faltam policiais", diz presidente de sindicato
O presidente do Sindicato dos Bancários, Everton Gimenez, entende que houve uma migração dos ataques a bancos para cidades do Interior, onde há baixo efetivo de policiais.
— Os criminosos conseguiram detectar onde faltava policiais militares e passaram a atacar. Hoje faltam policiais nessas cidades — observa.
Para o sindicalista a legislação aprovada no ano passado para aumentar a segurança nos bancos é "muito branda". Além de não estipular multa para quem descumprir as exigências, o texto não aponta órgão fiscalizador, segundo Gimenez.
— Não tem eficácia. É uma lei vaga — entende.