Sistema prisional
Duas detentas permanecem em estado grave após incêndio no Presídio Madre Pelletier, em Porto Alegre
Uma das apenadas teve 60% do corpo queimado e foi internada na UTI
Duas detentas permaneciam hospitalizadas em estado grave na manhã desta segunda-feira (11) após um incêndio consumir uma cela do Presídio Feminino Madre Pelletier, na zona sul de Porto Alegre, no domingo (10). No total, 23 pessoas foram afetadas: 21 apenadas e dois agentes penitenciários.
Uma das detentas, de 37 anos, ficou com 60% do corpo queimado e foi internada na UTI. A outra teve 30% do corpo atingido. Equipamentos auxiliam na respiração de ambas, por conta da inalação de fumaça.
Segundo a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), as chamas começaram após uma apenada colocar fogo no colchão de outra. Apenas as duas estavam na cela. O incêndio foi controlado pelos próprios agentes penitenciários, sem necessidade de auxílio do Corpo de Bombeiros. As outras pessoas receberam atendimento médico por terem inalado fumaça.
O caso é investigado pela Susepe e pela Polícia Civil. A detenta que provocou o fogo deve ser interrogada quando se recuperar dos ferimentos.
O que disse a Susepe em nota:
"Neste domingo (10), uma briga entre duas detentas resultou em um incêndio no Presídio Feminino Madre Pelletier. Uma apenada ateou fogo no colchão da presa com quem dividia a cela.
A apenada que iniciou o incêndio segue internada no Hospital de Pronto Socorro (HPS) com 30% do corpo queimado. A outra detenta, que teve 60% do corpo atingido pelas chamas, foi transferida para o Hospital Cristo Redentor, referência nesse tipo de atendimento.
Após o incêndio, outras 19 detentas e dois agentes penitenciários também foram levados ao HPS para atendimento por terem inalado fumaça. Foram liberados duas horas depois, ainda no domingo, sem ferimentos.
Uma sindicância interna e um inquérito policial serão instaurados para apurar o caso."