As prisões do norte do Estado são os que mais preocupam a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), principalmente por causa da estrutura antiga. É nesta região que fica a casa prisional que mais registrou fugas nos últimos quatro anos: a de Carazinho. 

Somente no Presídio Estadual de Carazinho, 59 presos conseguiram escapar entre 2015 e 2018 por meio de buracos na parede, telhado e até mesmo pelo pátio. O local tem 293 presos, mas espaço apenas para 132.  O total registrado no Estado neste período foi de 585. Os dados foram obtidos por GaúchaZH por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI). 

Outro presídio preocupante é o de Passo Fundo, que registrou 25 fugas no período analisado. Também acabou sendo palco de uma fuga em massa em janeiro deste ano, quando 17 presos conseguiram escapar após comparsas derrubarem o portão com uma picape.

Superintendente da Susepe, Mário Santa Maria Júnior garante que os presídios da 4ª Região Penitenciária  — que compreende a região norte do Estado — serão priorizados. O de Passo Fundo passou por uma intervenção após a fuga. 

— Nós vamos sim priorizar (a 4ª Região), vamos dar atenção, para que a gente mude essa realidade, principalmente naquela região que o perfil do preso é mais complicado, mais agressivo e ousado do que as outras regiões — prometeu Santa Maria Júnior. 

2019 em alerta

Embora não apareça no levantamento solicitado via Lei de Acesso à Informação, GaúchaZH apurou que 41 presos conseguiram escapar do regime fechado nos três primeiros meses do ano. Além de Passo Fundo, uma fuga em massa foi registrada também no Presídio de Erechim. 

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