Noroeste
Criminosos rendem moradores e atacam agência bancária em Porto Xavier
O Banco do Brasil foi o alvo dos assaltantes. Ladrões teriam trocado tiros com policiais da Brigada Militar
Uma agência do Banco do Brasil foi atacada no começo da tarde desta quarta-feira (24) em Porto Xavier, no noroeste do Estado. Os criminosos agiram na modalidade conhecida como novo cangaço, quando pessoas são feitas reféns e a cidade é sitiada pela quadrilha.
Os ladrões chegaram no município de pouco mais de 10 mil habitantes em uma van azul. O veículo foi abandonado na Rua Padre Anchieta, em frente ao Banco do Brasil, no centro da cidade.
De acordo com a Polícia Civil, os criminosos chegaram atirando contra os vidros da agência bancária. Em seguida, alguns dos assaltantes obrigaram moradores a fazer um cordão humano enquanto outros foram em direção ao cofre e aos caixas. Não há informações ainda sobre a quantia levada.
Os assaltantes fugiram em dois veículos levando três reféns. Segundo relato de um morador que pediu para não ser identificado, os criminosos teriam trocado tiros com policiais da Brigada Militar. Os ladrões teriam fugido pela contramão em dois carros que seriam de clientes.
Os reféns foram liberados em seguida, na saída da cidade. Um Palio também foi abandonado. O caso está sendo apurado pela Polícia Civil de Porto Xavier com apoio da Delegacia de Roubos do Departamento de Investigações Criminais (Deic).
— Até pensei que fosse uma bombinha. A gente não está acostumado com isso — conta o morador, que disse ainda que a ação durou entre 15 e 20 minutos.
Outro morador de Porto Xavier gravou a ação dos criminosos:
O prefeito do município, Vilmar Kaiser (PP), afirmou que a população ficou apreensiva. Este foi o primeiro caso de ataque a banco no município.
—Na região há bastante movimento de exportação e importação, o que deve ter sido o motivo do assalto. O que sabemos é que teriam levado algum refém do banco e largado na saída da cidade — afirmou o chefe do Executivo.
Segundo levantamento de GaúchaZH, o Estado registrou 1,9 mil ataques a bancos nos últimos 10 anos. Os alvos preferenciais dos criminosos são cidades pequenas, com menos de 10 mil habitantes.