Polícia



Vale do Taquari

Irmã é indiciada por mandar matar diretor de futebol do Guarani de Venâncio Aires

Mulher e um ex-namorado estão presos desde o começo de fevereiro

03/04/2019 - 21h43min


Bibiana Dihl
Bibiana Dihl
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Polícia Civil / Divulgação
Cristiane Aline da Silva e Diego Ribeiro estão presos desde fevereiro

A Polícia Civil concluiu que o diretor de futebol do Guarani de Venâncio Aires, Éder Silva, foi morto em uma tentativa de assalto planejada pela própria irmã. O inquérito foi concluído na última quinta-feira (28), e ela e um ex-namorado foram indiciados por latrocínio - roubo com morte.  

Os dois indiciados são Cristiane Aline da Silva e Diego Ribeiro. Eles estão detidos desde o início de fevereiro e, com a conclusão do inquérito, tiveram a prisão temporária convertida pela Justiça em preventiva (por tempo indeterminado).

O crime ocorreu em 17 de janeiro, em Mato Leitão, no Vale do Rio Pardo. Éder foi morto ao chegar em casa junto com o filho, um adolescente de 16 anos, que presenciou o crime. Um grupo estava dentro do imóvel e atacou o dirigente. Segundo a polícia, houve confronto e Éder tentou fugir da casa, sendo atingido por um tiro nas costas. Ele morreu no local.

Irmã planejou o crime 

O delegado Felipe Staub Cano, responsável pela investigação, tem convicção de que a irmã do dirigente arquitetou e planejou o crime. O motivo é que ela queria a caminhonete e outros bens de Éder. O delegado ainda tenta identificar se o ex-namorado também seria beneficiado com os bens. 

 — Ela planejou tudo e entrou em contato com este outro homem, também indiciado, solicitando que ele preparasse a ação. Ele cometeu o crime com o auxílio de outras pessoas que ainda estão sendo investigadas. Pelo que apuramos, eles queriam a caminhonete e outros bens da vítima — disse Cano. 

De acordo com o delegado, o grupo permaneceu na residência para esperar Éder chegar em casa e então pegar a caminhonete. 

— Eles já estavam, digamos assim, aceitando o fato de que poderia haver um confronto — explica o delegado.  

Para a polícia, o fato de Éder ter fugido confirma que ele conhecia uma ou alguma das pessoas que estavam dentro da casa. O delegado afirma ainda que Diego esteve na casa antes do crime: 

— No dia anterior, mesmo morando em Lajeado, ele esteve no local e andou por ali, provavelmente para fazer um levantamento — explica.  

Como houve o confronto e Éder foi atingido, os criminosos não levaram nenhum pertence. A casa, no entanto, ficou revirada após o crime. A polícia segue as investigações e aguarda resultados de perícias para confirmar a identificação de outras pessoas que tiveram participação na morte.  

Segundo o delegado Cano, Cristiane confessou em depoimento que contratou o ex-namorado para fazer o assalto. Já Ribeiro decidiu permanecer em silêncio.  Após receber o inquérito, a promotoria de Venâncio Aires pediu novas diligências para a Polícia Civil.

A reportagem tenta contato com a defesa dos indiciados.   


 


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