Polícia



Assalto em Porto Xavier

"Nos deixa envergonhados", diz subcomandante da BM sobre suspeita de PM da reserva ter participado de ataque a banco

Segundo o coronel Carlos Alberto de Andrade, cerco continua montado nesta segunda-feira em busca de mais três suspeitos

29/04/2019 - 21h36min


GZH

O suposto envolvimento de um policial militar da reserva no ataque a uma agência bancária de Porto Xavier, no Noroeste do RS, surpreendeu no último final de semana. O caso gerou comoção após a morte de um soldado, atingido por um tiro de fuzil durante confronto com os criminosos. Segundo o subcomandante-geral da Brigada Militar, coronel Carlos Alberto de Andrade, a possível participação de Delci Engers, 59 anos, fere os valores da instituição, mas tem que ser encarada.

—  Temos que tratar (do envolvimento) e isso com certeza não macula o trabalho da nossa instituição, mas nos deixa envergonhados e entristecidos — relatou o coronel, em entrevista ao Gaúcha Atualidade desta segunda-feira (29).

Engers foi detido após a prisão do primeiro suspeito, que ocorreu junto à praça central de Porto Lucena, também no Noroeste, no final da tarde sábado (27). O sítio do sargento da reserva teria sido usado no planejamento do crime e também como esconderijo do grupo antes do ataque. 

—  É um sargento da reserva que coincidentemente trabalhou sob meu comando 20 anos atrás. Já está preso, inclusive. Os indícios são muito fortes de que ele deu apoio logístico — explica Andrade — Ele era um cidadão, morador de Porto Xavier. Tinha um sítio, e, nesse local, tudo indica que se fez o preparo, a análise para o crime — completa. 

Ainda de acordo com o subcomandante-geral da Brigada Militar, segue o cerco na região, nesta segunda, com apoio de Batalhão de Operações Especiais, Batalhão de Aviação, Polícia Civil, Polícia Federal e autoridades municipais. A hipótese é de que três assaltantes ainda estejam na mata — uma área de plantação de milho e mata nativa no distrito de Primeiro de Março, entre Campina das Missões, Porto Xavier e Santo Cristo. 

—  Temos aqui um trabalho em conjunto, com a grande interação da segurança pública. (Policiais) se sentiram violentados, atacados, em especial quando se tomba um irmão de farda — relata o coronel sobre a morte de soldado Fabiano Heck Lunkes, 34 anos. — Isso nos toca, nos violenta, mas com certeza nos mantêm motivados para permanecer o tempo necessário para promover a prisão de, em tese, três elementos que estão no interior da mata.
 

Ouça a entrevista completa: 



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