Polícia



Suspeita de golpe 

Agência fecha as portas e deixa clientes sem viagem nos vales do Sinos e do Rio Pardo

Empresa anunciou encerramento das atividades sem cumprir pacotes vendidos

15/05/2019 - 21h28min


Renato Dornelles
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Omar Freitas / Agencia RBS
Leonardo (E) e Alex registraram o caso na Polícia Civil

O sonho de conhecer o mar caribenho em Punta Cana acabou custando bem mais caro do que o planejado para um grupo de quatro amigos de São Leopoldo, no Vale do Sinos. Inicialmente, eles e um outro amigo, que desistiu, pagaram R$ 4,3 mil cada por um pacote de uma semana em Punta Cana, na República Dominicana, vendido por uma agência de turismo com sedes nos vales do Rio Pardo e do Sinos. 

Poucos dias antes da viagem, que seria iniciada nesta sexta-feira, a empresa fechou as portas e cancelou todos os compromissos. Até agora, os clientes prejudicados não foram ressarcidos. Desde então, a proprietária não é localizada.

— Não era um plano decidido de uma hora para outra, então tivemos que procurar outra agência para manter a viagem — explica o técnico de atendimento Leonardo da Conceição, 27 anos, uma das vítimas.

Seu amigo de infância, Alex Ramalho, também de 27 anos, foi outro que teve de desembolsar mais R$ 7 mil para ir a Punta Cana.

— Tivemos de fechar essa nova viagem de uma hora para outra, e isso não é barato — lamenta.

O grupo de São Leopoldo não foi o único prejudicado. Desde o fim de semana, ocorrências policiais estão sendo registradas em diferentes cidades, por pessoas que se dizem vítimas de estelionato da agência de turismo.  

— São várias ocorrências de Venâncio Aires, mas temos também de Lajeado, Mato Leitão e Novo Hamburgo. Abrimos inquérito. A proprietária da agência será chamada para prestar esclarecimentos e terá a oportunidade de explicar o que aconteceu, para verificarmos se houve ou não estelionato — explica o delegado de Venâncio Aires, Felipe Cano.

A empresa, até então, aparentemente, gozava de bom conceito perante clientes. Em sua página no Facebook, aparecem muitos elogios por viagens realizadas até o ano passado. 

A situação mudou a partir da última sexta-feira, quando, por volta das 17h, quando a proprietária da agência surpreendeu a todos ao publicar na página no Facebook uma nota comunicando o encerramento das atividades, com a alegação de que a "conjuntura do pais" criou dificuldades econômicas que teriam impedido a continuidade das atividades e, inclusive, o cumprimento dos pacotes já contratados. 

— O incrível é que ela estava em um grupo nosso de WhatsApp e ainda na sexta-feira ela nos avisou que nos entregaria os voucher (documentos que garantiriam a viagem). Pouco depois, ela saiu do grupo e postou o comunicado — conta Conceição.

Desde então, clientes não conseguem contatos telefônicos, por WhatsApp e nem retorno pelo e-mail divulgado no comunicado. A reportagem também tentou falar com a proprietária, mas não obteve sucesso. GaúchaZH não está divulgando os nomes da agência e da empresária porque as investigações ainda estão no início e não há mandados judiciais contra elas.


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