Direito do Consumidor
Com fechamento de agência, casal deixa de ir a Natal e muda viagem para Gramado
Enfermeira e marido pretendiam iniciar lua de mel nesta quarta-feira (15)
Casada desde o último sábado (11), a enfermeira Jaque Schwaikart, 33 anos, moradora de Encantado, no Vale do Taquari, esperava estar iniciando nesta quarta-feira (15) a lua de mel com o marido Roberto Lansini, 36 anos. Além de celebrar o matrimônio, ela comemoraria seu aniversário, que será nesta sexta-feira (17). Pretendiam aproveitar, durante uma semana, as praias de Natal, capital do Rio Grande do Norte.
Os planos do casal, porém, tiveram de ser alterados. Poucos dias antes da viagem, a proprietária de uma agência de viagens com sedes nos vales do Rio Pardo e do Sinos publicou uma nota na página da empresa no Facebook na qual comunicou o encerramento das atividades, com a alegação de que a "conjuntura do país" criou dificuldades econômicas que teriam impedido inclusive o cumprimento dos pacotes já contratados.
Desde então, clientes, como Jaque, não conseguem contatos telefônicos, por WhatsApp e nem retorno pelo e-mail divulgado no comunicado.
— O telefone está desligado. Mandei recado pelo Whats, mas não foi visualizado — lamenta a enfermeira.
O casal pagou R$ 3,16 mil por oito dias e sete noites na capital potiguar, com transporte aéreo e hospedagens incluídos.
Jaque e Lansini não foram os únicos a procurarem a polícia para reclamar da agência. Vítimas de várias cidades estão registrando ocorrências.
— São várias ocorrências de Venâncio Aires, Lajeado, Mato Leitão e Novo Hamburgo. Abrimos inquérito. A proprietária da agência será chamada para prestar esclarecimentos e terá a oportunidade de explicar o que aconteceu, para verificarmos se houve ou não estelionato — explica o delegado de Venâncio Aires, Felipe Cano.
O casal momentaneamente mudou de planos. Em vez de praias, vai passar a lua de mel na Serra.
— Vamos para Gramado. Queríamos calor, mas vamos ter de nos contentar com o frio — explica Jaque.
GaúchaZH não está divulgando os nomes da agência e da proprietária porque as investigações ainda estão no início e não há mandados judiciais contra elas.