Estelionato
Polícia recupera BMW de empresário que caiu em golpe e pagou R$ 30 mil a criminosos
Homem negociou BMW 125i por Toyota SW4, mas camionete estava irregular e ele não conseguiu transferir o veículo
Um empresário de Tapejara, na região norte do Estado, foi enganado por estelionatários ao negociar uma BMW 125i em troca de uma camionete Toyota SW4.
A vítima iniciou tratativas com o grupo criminoso na internet, ao demonstrar interesse na camionete, oferecendo o veículo de luxo como parte do negócio. Na última terça-feira (23), eles se encontraram em Lajeado, no Vale do Taquari, quando o acordo foi selado: ele repassou R$ 30 mil através de transação bancária e assinou uma procuração autorizando a transferência da BMW, avaliada em R$ 100 mil na troca.
— Ele descobriu que a camionete era "fria" quando levou ao CRVA (Centro de Registro de Veículos Automotores), para fazer a transferência — conta o delegado de Tapejara, Venícios Demartini, ao listar irregularidades como adulterações nos números do chassis, do motor, nos vidros e nas etiquetas.
Comunicada, a Polícia Civil passou a monitorar o veículo. Nesta sexta-feira (26), o homem que conduzia a BMW foi preso em flagrante no Vale do Sinos, por receptação. Segundo a delegada Clarissa Demartini, titular da 1ª Delegacia de Polícia de Sapucaia do Sul, ele estava com os documentos do carro e se dirigia ao CRVA.
— Ele estava a caminho do Detran para transferir o carro e foi detido em Sapucaia do Sul, no bairro Santa Catarina. Cruzamos os dados de quem tinha negociado e constatamos que já não era mais a mesma pessoa que fez a troca do veículo com o empresário, claramente um caminho para nos despistar das provas do crime — avalia.
O homem ficou calado no interrogatório, pagou fiança de R$ 4 mil e foi liberado.
A perícia irá apontar se a camionete negociada foi fruto de roubo ou se tinha placas clonadas.
O delegado de Tapejara orienta para os cuidados necessários nesse tipo de transação:
— Se deve fazer uma vistoria prévia, no próprio CRVA, que apontará se está tudo certo com O documento, e só daí fechar o negócio.
O empresário tenta agora provar que foi fruto de má fé e reaver na justiça a BMW e os R$ 30 mil transferidos aos estelionatários.