Região Metropolitana
Por falta de policiais, crimes em flagrante não serão mais registrados em delegacia de Alvorada
Autos de prisão apresentados pela Brigada Militar e Guarda Municipal na cidade passarão a ser lavrados na DPPA de Viamão
A falta de delegados plantonistas fez a chefia da Polícia Civil suspender os registros de crimes em flagrante na Delegacia de Pronto Atendimento de Alvorada (DPPA). A mudança passou a vigorar na última quarta-feira (3) e é por tempo indeterminado.
Com isso, todos os autos de prisão em flagrante da cidade passam a ser apresentados pela Brigada Militar e Guarda Municipal na DPPA de Viamão. A distância entre as duas unidades é de cerca de 15 quilômetros.
De acordo com o delegado Rodrigo Bozzetto, titular da 1ª Delegacia Regional Metropolitana, para implantar a medida, foi reforçado o número de agentes na delegacia de Viamão. Segundo ele, a alteração foi embasada em estudos técnicos com comparações entre os números de ocorrências e flagrantes das duas cidades.
— Tínhamos quatro delegados respondendo simultaneamente pelos flagrantes de Alvorada e Viamão, o que não é o ideal, justamente, pois não tem como eles estarem ao tempo nos dois locais. Agora, os quatro ficarão em Viamão. A DPPA de Alvorada continua funcionando normalmente, com equipes 24 horas, mas só não vai mais confeccionar autos de prisão em flagrante. Eles serão feitos em Viamão, onde reforçamos as equipes de plantonistas.
Bozzetto ressalta que o prédio da DPPA em Viamão possui estrutura maior que a de Alvorada, com capacidade para suprir a demanda. Ele garante que a restrição no atendimento em Alvorada é provisória e deverá ser resolvida com o chamamento de novos delegados aprovados em concurso realizado no ano passado.
No último fim de semana, cerca de 260 aprovados realizaram as provas físicas. Nas próximas semanas, eles deverão iniciar as aulas na Academia de Polícia. O edital prevê o preenchimento de cem vagas.
A Brigada Militar informou que o deslocamento dos flagrantes da DPPA de Alvorada para Viamão não causará transtornos.
— Estamos integrados com a Polícia Civil em todas as ações e planejamentos. Não haverá nenhum problema nessa modificação — disse o Comandante do Policiamento Metropolitano, coronel Oto Eduardo Amorim.