Polícia



Sistema Prisional

Sem vagas no semiaberto, ladrão de banco deixa a prisão no RS

 Cristiano Batistela foi condenado a 26 anos de prisão

31/07/2019 - 07h45min


Lucas Abati
Lucas Abati
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Polícia Civil / divulgação
Batistela foi preso em 2017 após fugir do regime semiaberto

O assaltante de bancos que chegou a ser considerado um dos 10 mais procurados do Rio Grande do Sul foi beneficiado com a progressão de regime e deixou a Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc) nesta segunda-feira (29). Condenado a 26 anos de prisão, estava preso desde 2017 quando foi capturado depois de fugir do regime semiaberto, no Instituto Penal de Canoas.

Conforme a decisão judicial, Cristiano Batistela deveria ir para o regime semiaberto a partir do dia 4 de julho. Como a Superintendência dos Serviços Penitenciários não o transferiu de local, o juiz Paulo Augusto Oliveira Irion determinou a soltura do preso. A condição é de que ele se apresente em até 48 horas à Susepe. Se mesmo assim não houver vaga no semiaberto, deverá ser incluindo no monitoramento eletrônico com uso de tornozeleira. Caso não compareça, será considerado foragido.

"Se não há vagas suficientes no regime semiaberto para o cumprimento da pena, o Judiciário não pode permanecer inerte. Além de cobrar do Executivo o cumprimento da lei, o magistrado deve ajustar a execução da pena ao espaço e vagas disponíveis" escreveu Irion na decisão.

Com diversos antecedentes criminais, Cristianinho, como é conhecido, é apontado como um "especialista em ataque à noite com explosivo". Segundo o titular da Delegacia de Roubos, delegado João Paulo Abreu, o último assalto a banco em que ele foi identificado como autor ocorreu há 10 anos.

Ele também participou do assalto ao banco Sicredi em Capitão, no Vale do Taquari, em 2005. Na ocasião, quatro criminosos morreram em confronto com a polícia. Por esse caso, foi sentenciado a oito anos de prisão. Ele ainda possui condenações por tentativa de homicídio, porte de arma e crimes contra a fé pública.

No histórico, ainda tem registros de fuga do sistema prisional. Além de 2016, quando escapou em Canoas, ele já havia conseguido fugir da Colônia Penal Agrícola de Venâncio Aires.

GaúchaZH tenta contato com a advogada Ester Venites, que defende Batistela, e até a publicação desta reportagem não obteve retorno.


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