Porto Alegre
Roubo de carro com bebê será investigado por delegacia especializada da Polícia Civil
Nova estratégia de repressão ao crime na Capital começa nesta segunda pelo Deic
O I30 roubado com um bebê de oito meses sentado sobre uma cadeirinha no banco traseiro, na noite sexta-feira (13), na zona norte de Porto Alegre, será um dos primeiros casos a ser investigado pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Roubo de Veículos (DRV).
A repartição é a unidade especializada no combate a este tipo de crime do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), da Polícia Civil.
A nova estratégia começa a ser adotada a partir desta segunda-feira (16) com objetivo de reduzir, ainda mais, os índices de roubo de veículos na Capital. Até então, delegacias de bairros tinham a tarefa de apurar eventuais casos, enquanto a DRV se dedicava a reprimir crimes envolvendo quadrilhas organizadas. Entretanto, conforme a chefe da Polícia Civil, Nadine Anflor, estudos apontam que a maioria dos roubos é fruto de encomenda de quadrilheiros.
— Identificamos que quase todos roubos estão ligados a uma associação criminosa para desmanche ou clonagem — afirma.
Ela explica que o procedimento de comunicação do fato à Polícia Civil se mantém inalterado para a população. Ou seja, a vítima pode registrar o caso em qualquer delegacia. Em seguida, o boletim será repassado ao Deic.
O roubo do I30 teve participação de três criminosos, o que pode indicar envolvimento deles com algum bando ou quadrilha. O veículo foi abandonado no Morro Santana, distante sete quilômetros do local do assalto. O trio desistiu de ficar com o carro após ter sido perseguido por PMs por algumas quadras. Durante a fuga, os ladrões deixaram o bebê em frente a um prédio no Jardim Europa, distante menos de um quilômetro de onde ocorreu ocorreu o roubo.
A criança foi encontrada por um vigilante que alertou moradores da região. O inspetor da Polícia Civil Anderson Bandeira, 37 anos, lotado na Delegacia de Capturas do Deic, jantava na casa do pai quando soube do caso e socorreu o menino. Acompanhado da mulher, também policial, e do vigilante, ele entregou o bebê aos familiares que aguardavam pelas buscas no 11º Batalhão de Polícia Militar.
— Ficamos muito felizes ao ajudar a resolver o caso sem gerar trauma ainda maior.