Imbé
Cadela volta para o antigo tutor após ser resgatada de local onde cães foram congelados
"Agora ela tem tudo o que tem direito", diz Rubens Sebages Soares
Depois de ser resgatada de uma casa em Imbé durante uma operação da Polícia Civil, a história da cachorrinha Princesa ainda teria mais uma reviravolta. Com a repercussão da ação policial, a vira-lata que lembra um pastor alemão foi reconhecida pelo antigos tutores e levada de volta para casa, em Tramandaí.
O resgate da cadela ocorreu quando a Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão em uma residência no bairro Presidente, em Imbé, no dia 21 de fevereiro. No local, os agentes descobriram que cinco cães e um passarinho mortos eram mantidos congelados em um freezer. Outros 12 cães foram encontrados na casa e viviam sob maus-tratos, sem água e sem comida, de acordo com o delegado a frente da ação, Antônio Carlos Ractz Junior. O responsável pelo local foi indiciado pela polícia.
Após a ação, os animais foram encaminhados a lares temporários enquanto aguardam serem adotados. Para divulgá-los, fotos deles foram postadas em redes sociais. Foi quando uma das voluntárias responsáveis por Princesa encontrou outra postagem, feita pela antiga família da cachorrinha, que buscava por ela.
— Essa senhora que estava cuidando da Princesa nos contatou, suspeitando que ela estava com nossa cachorrinha. Quando vimos as fotos, confirmamos que era ela. A gente continuava procurando, divulgando nas redes a foto dela. Quando ela sumiu, em janeiro, nós a procuramos por todo lugar. A gente se preocupa — conta o tutor da cadela, Rubens Sebages Soares, 59 anos.
No dia seguinte ao contato, a família buscou Princesa:
— Queria ir no dia mesmo, mas era quase meia-noite. No outro dia, cedinho, a gente estava lá. Quando ela nos viu, ficou tão faceira, e a gente também, estávamos aflitos, com saudade. Agora, ela tem tudo o que tem direito — comemora Soares.
Em fase de readaptação, Princesa voltou a morar com os outros três cachorrinhos da família. Soares, que mora em Tramandaí, não sabe explicar como ela se deslocou até Imbé.
A cadelinha, que tem pouco mais de um ano, foi resgatada pelo tutor quando era filhote. A ideia era cuidar do animal e colocá-lo para adoção:
— Eu estava indo para o trabalho e vi ela. Aí peguei, para ajudar, mas a gente acabou se apegando. Ela sempre foi dócil e muito ativa. Nas imagens do resgate da polícia você vê isso, que ela pula neles. Estamos felizes, ela é o nosso xodozinho.
Sete cachorros resgatados ainda aguardam adoção
Dos 12 cachorros resgatados pela polícia, sete ainda aguardam por um novo lar.
O cão mais machucado do local foi adotado como mascote pela delegacia que realizou a ação. Outro cachorro e dois filhotes também já conseguiram lar, além de Princesa.
Para ajudar os animais ou adotar, é possível entrar em contato com a Associação Imbeense de Proteção aos Animais (AIMPA).