Assassinato
Duas das três vítimas fatais de incêndio no Vale do Taquari também foram baleadas, diz perícia
Descoberta dos peritos traz reviravolta ao caso, passando de acidente a assassinato
O Instituto-Geral de Perícias descobriu, na tarde desta sexta-feira (10), que duas das três vítimas mortas em um incêndio em Cruzeiro do Sul, no Vale do Taquari, foram atingidas por tiros. A revelação muda o rumo da investigação sobre fato ocorrido na noite de quinta (9), deixando de ser tratado como um acidente e passando a ser um assassinato.
A confirmação sobre os tiros foi informada pelo delegado responsável pela investigação, Dinarte Marshall. Ainda conforme ele, os peritos descobriram que as chamas na casa começaram intencionalmente, provocadas pela ação humana.
As descobertas dos peritos confirma a estranheza que os policiais tiveram desde o início ao analisar o local. Eles perceberam que havia indícios que as pessoas foram impedidas de sair
— Era um galpão, aberto, de fácil saída. Poderiam ter saído? Poderiam. Não descartamos nenhuma possibilidade — havia informado o delegado ainda antes de descobrir sobre os tiros.
A polícia pondera que ainda não há confirmação de quem são as vítimas. Sabe-se apenas que foram localizados os corpos de dois homens e uma mulher. Os cadáveres que tinham tiros eram os de um homem e da mulher.
Conforme o relato de vizinhos à polícia, um casal morava com o filho no galpão. Eles haviam se mudado há pouco tempo. A criança não estava no local na hora do incêndio e não se feriu.
A polícia ainda não tem nenhum relato da motivação do crime e tenta descobrir quem pode ter cometido.
O incêndio
O fato ocorreu ainda na noite de quinta-feira (9), na área rural de Cruzeiro do Sul conhecida como Linha São Miguel. As chamas tomaram conta do galpão de construção mista de alvenaria e madeira.
As autoridades só conseguiram chegar ao local na manhã do dia seguinte. É que a cheia do Rio Taquari inundou estradas que levam até a residência.