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Bombeiros localizam em rio arma que teria sido usada para matar casal em Jaguarão  

Namorada de filho das vítimas foi presa na manhã desta quinta-feira. O jovem também está detido

18/09/2020 - 08h08min


Leticia Mendes
Leticia Mendes
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Polícia Civil / Divulgação
Revólver de calibre 22 teria sido adquirido pelo filho das vítimas

O depoimento de uma testemunha foi essencial para que a polícia chegasse até o paradeiro da arma que teria sido usada para assassinar um casal em Jaguarão, no sul do Estado. O revólver de calibre 22 teria sido adquirido pelo filho das vítimas. No fim da semana passada, Paulo Adão Almada Moraes, 50 anos, e Manoela Renata Araújo Chagas, 40, foram assassinados dentro de casa. No domingo (13), Iuri Chagas, 20, confessou ter arquitetado a morte dos pais. Namorada dele, Bruna Alves, 18, foi presa na manhã desta quinta-feira (17) por suspeita de ter sido a autora dos disparos.  

Segundo a delegada Juliana Garrastazu Ribeiro, que investiga o caso, uma testemunha indicou aos policiais o lugar onde o revólver teria sido descartado após o crime. Ela solicitou o auxílio dos mergulhadores do Corpo de Bombeiros. Ainda durante a manhã de quinta-feira, a equipe esteve no local e encontrou a arma na área apontada por esta testemunha no rio Jaguarão.  

Presa nesta quinta-feira, ao receber alta da Santa Casa de Jaguarão, onde estava internada desde terça-feira, a jovem preferiu permanecer em silêncio. Quando ouvida como testemunha no início da investigação, ela havia confirmado à polícia que Iuri tinha comprado um revólver dias antes da morte dos pais. Para isso, ele teria trocado o celular dele e o dela, além de uma televisão. Aos pais, o jovem alegou que os dois tinham sido assaltados no Uruguai. A mãe chegou inclusive a dar outro celular para Iuri – que foi apreendido pela polícia após o crime.  

Naquele relato, Bruna também negou ter conhecimento do crime, mas disse que o namorado já havia lhe questionado se ela seria capaz de assassinar os pais. Mas, para a investigação, ela não apenas sabia do plano, como participou dele. O próprio filho do casal, em seu último depoimento, já havia confessado a participação da namorada.  

Um amigo de Iuri — que também está preso — teria ficado vigiando na porta, enquanto a jovem ingressava no quarto. Logo depois dos disparos, esse mesmo rapaz, de 19 anos, teria levado a caminhonete da família, uma Strada, como forma de simular um assalto. O veículo foi abandonado logo depois. Na casa deste jovem, a polícia apreendeu três estojos de calibre 22 – munição que teria sido usada no crime.

Entenda

O crime

Na madrugada de sexta-feira (11), o casal foi morto a tiros dentro de casa, enquanto dormia. O filho do casal relatou inicialmente que os pais tinham sido mortos em um assalto. O veículo da família foi levado e abandonado logo depois. Além dele, estavam na casa a irmã, que é adolescente, e a namorada.  

A confissão

Na madrugada de domingo, Iuri confessou que há dois anos arquitetava a morte dos pais. Ele disse, no entanto, que o crime havia sido cometido por outras pessoas, que teriam sido convencidas por ele. O jovem acabou confessando que a namorada havia participado.  

Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal
Paulo Adão e a esposa Manoela Renata

As vítimas

Paulo Adão Almada Moraes, 50 anos, era montador de móveis, e casado com Manoela Renata Araújo Chagas, 40 anos. Ela era formada em Pedagogia e atualmente cursava especialização na área de educação.  


A motivação

Segundo a investigação, embora Iuri tenha alegado que o crime foi motivado por conflitos com os pais, o objetivo seria patrimonial. De acordo com a delegada, o casal de namorados pretendia ficar com a casa e uma área de campo da família.

Os presos

  • Iuri Chagas, 20 anos – filho do casal
  • Bruna Alves, 18 anos – namorada de Iuri
  • Jovem de 19 anos – amigo de Iuri  



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