Assalto a banco
Grupo que atacou Criciúma roubou cerca de R$ 80 milhões, segundo a polícia de Santa Catarina
Nos últimos dias, pelo menos 12 suspeitos foram detidos, parte deles no Rio Grande do Sul
Uma semana após o ataque que aterrorizou Criciúma, a polícia segue em busca de pistas do grupo criminoso. Até o momento, pelo menos 12 suspeitos foram detidos – parte deles no Rio Grande do Sul. Em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, o delegado Anselmo Cruz, da Divisão Antissequestro da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) de Santa Catarina, afirmou que foram roubados cerca de R$ 80 milhões. Desse valor, em torno de R$ 1 milhão foram recuperados.
Segundo a polícia, a quantia não é exata e ainda é conferida. Parte do dinheiro foi destruída ou danificada durante a explosão. Cédulas também foram espalhadas pelos criminosos em frente à tesouraria regional do Banco do Brasil. Quatro pessoas foram detidas em um apartamento com R$ 810 mil, que teriam sido recolhidos das proximidades do banco.
GZH procurou a Polícia Civil de Santa Catarina nesta segunda-feira (7), mas a Deic informou que, em razão do sigilo das diligências, novas informações só serão divulgadas ao longo da semana em uma entrevista coletiva que será agendada. Ainda na terça-feira (1º), os 10 veículos usados para atacar a cidade foram apreendidos em um milharal em Nova Veneza, a cerca de 20 quilômetros de Criciúma. Dos carros, nove eram blindados.
Na ação, foi ferido com um tiro no abdômen o policial militar Jeferson Luiz Esmeraldino, 32 anos. Segundo a última nota da Polícia Militar de Santa Catarina sobre seu estado de saúde, o soldado não necessita mais de aparelhos para respirar. Ainda conforme o boletim, o policial apresenta melhora no funcionamento dos rins e fígado, e já recebe uma dieta com líquidos. Ele também foi submetido a um exame neurológico, com resultado dentro dos padrões de normalidade.
Uma vaquinha online foi criada por colegas do policial militar para arrecadar recursos para auxiliar na recuperação do policial. A meta era chegar a pelo menos R$ 10 mil, mas até as 13h desta segunda-feira havia alcançado R$ 16.328,80. Como o Estado de Santa Catarina deve pagar os custos do hospital, o objetivo da mobilização é juntar recursos para quitar as contas do mês, curativos e futura assistência que possa ser necessária.
As prisões
Até o momento, 12 prisões de suspeitos foram divulgadas pelas polícias. A mais recente foi no sábado (5), quando a PM informou que um homem foi preso em uma pousada em Blumenau, Santa Catarina. Com o suspeito, foram localizados mais de R$ 26 mil e um veículo, que ele havia comprado recentemente.
Na semana passada, ainda foram detidas três pessoas em São Paulo e outras três em Passo de Torres, Santa Catarina, com quase R$ 50 mil. No RS, foram presos dois homens em Gramado, na Serra, um deles ligado à maior facção do país, um paranaense em um galpão em Três Cachoeiras, no Litoral Norte, e outros dois na BR-116 em São Leopoldo, no Vale do Sinos.
A suspeita é de que a casa no litoral gaúcho possa ter servido de base para parte do bando após o ataque em Criciúma. O local passou por perícia, assim como a moradia em Gramado, onde estavam os dois homens que acabaram presos pela Polícia Civil.