Às margens da Rodovia do Parque
Polícia suspeita que corpo encontrado em mala seja de mulher que teve esquartejamento filmado em Canoas
Caso aconteceu em um apartamento no bairro Rio Branco, no fim de fevereiro
Uma mala preta com a perna de uma pessoa ao lado foi encontrada às margens da Rodovia do Parque, em Canoas, nesta quarta-feira (24).
A suspeita da Polícia Civil de que pudesse ser da vítima que foi esquartejada em um apartamento no bairro Rio Branco, no final do mês de fevereiro, ganhou força quando a mala foi aberta por peritos do Instituto-Geral de Perícias.
Foi encontrado praticamente todo o corpo, com um detalhe que já havia colocado a polícia na pista sobre a identidade da vítima do esquartejamento: a mulher tinha uma palavra tatuada na mão esquerda.
Com informação de que a vítima teria essa tatuagem, o delegado Robertho Peternelli, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Canoas, já havia chamado familiares da jovem desaparecida para coleta de sangue. O objetivo era comparar o DNA com o que fora encontrado no apartamento onde houve o crime.
O resultado do exame de DNA ainda não está pronto. Mas a polícia acredita que o corpo encontrado nesta quarta-feira possa ser o da mulher cujo esquartejamento foi gravado em vídeo e divulgado em redes sociais.
Na gravação, os criminosos aparecem ensacando a perna de uma mulher. Também dentro do apartamento a cena mostra uma mala preta e sacos plásticos. O encontro ocorreu durante uma ação de limpeza e dragagem feita por agentes da prefeitura de Canoas.
A mala e uma perna foram recolhidas por uma retroescavadeira. Os agentes da prefeitura acionaram a polícia imediatamente.
A confirmação sobre se é mesmo a vítima do esquartejamento ainda dependerá de exame de DNA. Será feita comparação do DNA do sangue coletado no apartamento com o extraído do corpo. E também com o de familiares da jovem que a polícia suspeita ser a vítima.
Além disso, familiares serão chamados para um possível reconhecimento do corpo. Foram decretadas a prisão preventiva do suspeito José Ricardo Coutinho da Silva, 49 anos, e a prisão temporária de Roger Gabriel Fontes dos Santos, 23 anos. Ambos são considerados foragidos.