Imbé
Polícia faz buscas e investiga desaparecimento de menino de sete anos no Litoral Norte
Mãe da criança e a companheira estão detidas por suspeita de envolvimento no caso
Um caso de desaparecimento mobilizou o município de Imbé, no Litoral Norte, na madrugada desta sexta-feira (30). A Polícia Civil, com o apoio dos Bombeiros, da Brigada Militar (BM) e Guarda Municipal, faz buscas a um menino de sete anos, após a mãe relatar que matou a criança.
De acordo com o delegado Antônio Carlos Ractz, titular da Delegacia de Polícia de Imbé, a situação chegou ao conhecimento da investigação ainda na noite desta quinta-feira (29). A mulher, de 26 anos, compareceu à delegacia para registrar o desaparecimento do filho, que teria sumido na última terça-feira (27). A criança morava com ela e a companheira, de 23 anos. Segundo a investigação apurou, eles se mudaram para o município há um ano. Os nomes deles não foram divulgados.
— Ela disse que viu na internet que teria que esperar 48 horas para ir à polícia. Também não procurou o Conselho Tutelar — conta Ractz.
Após ser indagada em depoimento sobre a omissão e apresentar uma série de contradições, a mulher alegou que fez o menino ingerir medicação e jogou seu corpo no Rio Tramandaí após carregá-lo em uma mala. Ela disse que contou com o auxílio da companheira.
— A mãe da criança é muito fria. Não demonstrava amor nenhum pela criança, ela mesma declarou. Embora estivesse matriculado no município, ele não frequentava a escola. Segundo apuramos, a criança era trancada dentro de um roupeiro e há indícios de vivia sob intensa tortura física e psicológica— informou o delegado.
A mala indicada pela mulher foi localizada pelas equipes de busca nas margens do Rio Tramandaí, mas o corpo do menino não foi encontrado. A meta principal da investigação neste momento é localizar a criança. Bombeiros e Guarda Municipal trabalham nas buscas, que foram encerradas por volta das 5h desta sexta-feira e devem ser retomadas ao longo do dia.
A mãe do menino foi autuada por homicídio qualificado. A Polícia Civil já encaminhou um pedido de prisão preventiva. Com o avanço das investigações, podem ser adicionadas circunstâncias agravantes. A situação da companheira dela está sendo analisada, visto que apresenta sinais de autismo. Ela está detida sob condição de suspeita.