Zona Leste
Escola de Porto Alegre é obrigada a suspender aulas presenciais após furto de medidor de energia elétrica
Instituição no bairro Coronel Aparício Borges se encontra às escuras
A Escola Estadual de Ensino Fundamental Madre Maria Selima, no bairro Coronel Aparício Borges, em Porto Alegre, foi alvo de dois furtos seguidos. O primeiro, na madrugada de segunda-feira (13), e o segundo, na madrugada de terça-feira (14).
Na primeira invasão, os criminosos deixaram a instituição sem energia elétrica, e as aulas presenciais tiveram de ser suspensas.
— As crianças estavam vindo num bom ritmo de aprendizagem. Vamos batalhar para não perder esse vínculo — disse a supervisora da Madre Maria Selima, Márcia Dias.
Os suspeitos levaram o medidor do consumo de energia elétrica da instituição, deixando o local às escuras. Conforme a diretora da escola, Lúcia Ferreira, ainda não há previsão para instalação do novo equipamento.
Segundo a Polícia Civil, o primeiro furto aconteceu pelo portão que fica na lateral da instituição. Apesar de a ação dos criminosos obrigar a escola a suspender as aulas presenciais, a diretora afirmou que o ensino continua remotamente:
— Cada professor tem um grupo com os alunos e já está organizando a continuação das aulas pela plataforma Meet.
Diretora desde 2016, a professora conta que a instituição já havia sido alvo de uma ação criminosa.
— Na outra vez, eu não estava. Levaram apenas dinheiro. Desta vez, levaram o relógio de luz, uma bicicleta e uma televisão. Nunca tivemos queixa sobre a segurança dos nossos 418 alunos e sempre contamos com a presença de um guarda — contou Lúcia, que, apesar disso, considera o bairro um lugar tranquilo.
Nesse mesmo sentido, a supervisora Márcia espera que a retomada do ensino presencial aconteça o mais rápido possível:
— Estamos numa corrida contra o tempo para voltar a atender os alunos. Foi um susto muito grande.
Os criminosos não chegaram a entrar nas salas de aula.
Segunda invasão
Na madrugada desta terça-feira, criminosos pularam o muro da escola e invadiram a casa do segurança, que não estava no local. Segundo a diretora, levaram apenas ferramentas. Ela contou que os primeiros a verem a situação foram os colegas de trabalho do guarda.
— Nosso segurança está conosco há seis anos. Foram os colegas que chegaram e viram que a casa foi invadida. Eles reforçaram a segurança para evitar outros furtos — disse.
A reportagem entrou em contato com a CEEE Equatorial e foi informada que a empresa esteve no local para normalizar o fornecimento, porém identificou adequações a serem realizadas pelo Estado, como a instalação de um poste de luz.
A diretora entrou em contato com a Coordenadoria Regional de Educação e enviará o orçamento dos reparos e instalações que serão feitas. Após a adequação, a CEEE Equatorial realizará a ligação de energia na instituição.
Produção: Henrique Abrahão