Sistema prisional
Polícia investiga foguetório em Porto Alegre após retorno para o RS de detentos que estavam em presídios federais
Dois apenados considerados de alta periculosidade voltaram na quarta-feira
Dois detentos considerados de alta periculosidade retornaram na quarta-feira (1º) desta semana para o Rio Grande do Sul depois de estarem por anos em presídios federais. Nesta sexta-feira (3), a Polícia Civil informou que está investigando uma denúncia que já foi confirmada pelos agentes: de que houve um foguetório no bairro Bom Jesus, na zona leste de Porto Alegre, após o anúncio de que um dos apenados já estava no Estado.
A região é base de uma facção criminosa gaúcha. Os integrantes do grupo teriam comemorado, segundo a investigação, o retorno de Márcio Oliveira Chultz, o Alemão Chultz, que foi transferido para presídio federal em julho de 2017 em megaoperação que envolveu outros 26 apenados. Chultz tem condenações por vários crimes até 2038. O outro preso é Carlos Raimundo Alves Júnior, o Ninho, com condenação até 2032 e que havia sido transferido para presídio federal em março de 2019.
O foguetório e outras ações ligadas à questão estão sendo, desde então, monitorados e investigados pelo Departamento de Investigações do Narcotráfico (Denarc) da Polícia Civil. O diretor de Investigações, delegado Carlos Wendt, diz que os envolvidos no caso estão sendo identificados e seriam suspeitos de receber ordens do detento que retornou ao Estado.
Já o comando do 11º Batalhão da Brigada Militar não tem informações sobre o fato em si, mas destaca que tem feito várias ações no bairro Bom Jesus relativas à facção, inclusive pela manhã desta sexta-feira, um foragido foi recapturado na região. Como as investigações continuam, mais informações não são divulgadas pela polícia. Os dois detentos estão agora na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc).