Polícia



Região Metropolitana

Grupo criminoso faturava mais de R$ 100 mil com golpes em aplicativos de compra online

Golpistas compravam equipamentos eletrônicos com notas falsas para serem revendidos com preço abaixo do mercado

22/10/2021 - 07h00min

Atualizada em: 22/10/2021 - 07h00min


Guilherme Milman
Guilherme Milman
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Polícia Federal / Divulgação
Federais estiveram cumprindo mandados em Imbé, no Litoral Norte

A Polícia Federal (PF) deflagrou operação nesta quinta-feira (21) contra um grupo criminoso que aplicava golpes utilizando moedas falsas em compras de produtos online. Seis pessoas foram presas, sendo quatro preventivamente e duas em flagrante. Os mandados foram cumpridos em Porto Alegre, Canoas, Cachoeirinha e Imbé.

Entre os detidos está o líder da organização. Conforme as investigações ele era responsável por criar perfis falsos, em sua maioria mulheres, e entrar em aplicativos de venda online. Entre os produtos mais procurados estavam televisores, videogamens e smartphones. Ao contatar a vítima pelo chat, pedia para ampliar as negociações em aplicativos de conversa. Nessa etapa, os golpistas colocavam fotos de perfis de mulheres e combinavam que o produto seria adquirido por dinheiro vivo. Mulheres que atuavam na quadrilha se passavam pelas clientes e, ao lado de um motorista contratado, se deslocavam ao local combinado e entregavam as cédulas falsas.

De acordo com a delegada Shirley Caselani Sitta responsável pelo caso, as mulheres buscavam apressar a troca com o comprador para que não corresse o risco dele verificar a irregularidade. Na maioria dos casos, a fraude era identificada dias depois.

—As vítimas só descobriam do golpe quando utilizavam as cédulas para efetuar outras compras. Os comerciantes não aceitavam as notas e era aí que o indivíduo se dava conta que havia sido enganado.

Sitta ainda explica que a escolha de perfis femininos era uma estratégia para passar mais confiança.

—As fotos escolhidas eram de mulheres com filhos ou com a família, para humanizar ainda mais as supostas clientes — explica.

Os agentes ainda investigam o que era feito com os equipamentos. Ao que tudo indica, o chefe do grupo possuía um site de anúncios onde eram feitas revendas com um preço abaixo do valor do mercado. A estimativa é que os criminosos faturaram de R$ 100 mil a R$ 150 mil com essa prática.

A estimativa é que R$ 150 mil em notas falsas circularam pela Região Metropolitana. Elas eram adquiridas por um dos maiores fornecedores do país, que foi preso há dois meses atrás. Esses golpes passaram a ser aplicados no início da pandemia. A PF já identificou ao menos 70 ocorrências. No entanto, acredita-se que mais de 150 pessoas foram afetadas por esse tipo de crime.


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