Pedofilia
Polícia investiga professor de SC por suspeita de orientar uso de medicamentos para abuso sexual de criança no RS
Docente de química teria repassado informações para padrasto de menina em Pinheiro Machado, na Campanha
Um professor de química de 34 anos e que atua no Ensino Fundamental de Joinville, em Santa Catarina, foi detido na terça-feira (9) pela polícia gaúcha e conduzido quarta-feira (10) para a região da Campanha. O suspeito teria orientado um pedófilo de Pinheiro Machado a usar medicamentos para sedar a enteada de oito anos durante abuso sexual.
O fato foi descoberto no início do ano e o criminoso gaúcho foi preso. Com a investigação, os agentes descobriram várias trocas de mensagens sobre os produtos químicos e ainda de imagens com pornografia infantil. O investigado também responde por outro inquérito no Estado vizinho.
O professor está agora no presídio de Bagé à disposição das autoridades. Para não expor as vítimas, o nome dele não foi divulgado, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Segundo o titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) do município e responsável pelo caso, delegado Cristiano Ritta, o suspeito é apontado por orientar o pedófilo gaúcho por várias vezes, conforme provas obtidas.
Primeiro, após denúncia da mãe da criança, foi descoberto o abuso sexual — que ocorria, pelo menos, desde o ano passado — e o suspeito, padrasto da vítima, foi preso. Depois, Ritta diz que, com a apreensão do celular dele, foram confirmados vários contatos com o professor catarinense.
— Eles trocavam fórmulas, nomes de equipamentos para dopar e sedar a menina, fotos com pornografia infantil e informações sobre como aliciar crianças pelas redes sociais — ressalta Ritta.
Com a investigação da polícia gaúcha, o suspeito catarinense teve mandado de prisão decretada. No Rio Grande do Sul, as autoridades entenderam que ele também deve responder pela participação no estupro de Pinheiro Machado e por pedofilia na internet.
Como vários vídeos com conteúdo sexual foram apreendidos na casa do professor em Joinville na última terça-feira, outro inquérito policial foi instaurado em Santa Catarina para apurar produção e armazenamento dessas imagens.
O objetivo agora é saber, conforme o próprio investigado falava nas trocas de mensagens, quantas crianças ele aliciou e de onde elas seriam, bem como se praticou algum abuso sexual de forma direta contra as vítimas.