Crime na Capital
Policial militar afastado é morto a tiros na zona sul de Porto Alegre
Homem de 31 anos foi executado dentro de um carro no bairro Cristal
Um policial militar afastado foi morto a tiros dentro de um carro no bairro Cristal, zona sul de Porto Alegre, na manhã deste sábado (29). O crime ocorreu na esquina das ruas Jacuí e Jaguari, por volta das 11h.
Moradores dizem ter ouvido entre quatro e seis disparos. A vítima — identificada como o soldado Carlos Gabriel Dahmer Gnoatto, 31 anos — foi encontrada morta dentro do próprio veículo, uma Captiva, no banco do motorista, com ao menos três tiros no rosto.
A suspeita da polícia é de que dois atiradores tenham participado do crime. Testemunhas viram um deles saindo do carro.
A área foi isolada para o trabalho da perícia, e Brigada Militar e Polícia Civil também estiveram no local. Dentro do automóvel, estava ainda um cão buldogue que seria do policial — o animal foi recolhido e está sendo cuidado por um vizinho.
A suspeita da Polícia Civil é de que se trate de uma execução. No início da tarde, a BM divulgou uma nota sobre o caso:
"A Brigada Militar por meio do 1° Batalhão de Polícia Militar (1° BPM), esclarece que o policial militar, morto na manhã deste sábado 29 de janeiro de 2022, possuía cinco anos de serviço, estava afastado de suas funções devido a dependência química e já havia sido prescrita a sua internação. A Brigada Militar está colaborando com a Polícia Civil nas investigações do homicídio."
A polícia procura por câmeras de segurança da região que possam ter registrado a ação dos criminosos.
— A gente conseguiu algumas imagens de câmeras da região, mas nenhuma que mostre efetivamente o fato. Ainda estamos investigando a motivação — disse o delegado Leandro Bodóia.
No fim da tarde, a prefeitura de Porto Alegre informou que a vítima havia sido abordada durante a madrugada, no âmbito da Operação Esforço Concentrado. O soldado estava junto a um carro que estava estacionado logo antes da formação da barreira, na orla do Guaíba.
Agentes da Guarda Municipal e da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) estranharam a situação e se aproximaram, questionando Gnoatto sobre o fato. Ele estava do lado de fora do veículo e, mostrando-se agitado, segundo o relato, apresentou-se como proprietário e policial militar. Ele disse que houve um problema com o carro e que o motorista havia deixado o local. Outra pessoa se apresentou para conduzir o veículo mais tarde e, tendo passado no teste do etilômetro, foi liberado para deixar o local.
A ação poderá ajudar na condução da investigação, já que as autoridades têm o registro do condutor que levou a vítima, horas antes de ela ser encontrada morta no mesmo veículo.