Polícia



Noroeste do RS

"Foram sentimentos de terror, apreensão e expectativa", relata vizinho da loja onde ocorreu assalto com reféns em Palmeira das Missões

Ruas do Centro ficaram isoladas durante seis horas para as negociações com os criminosos

08/02/2022 - 08h41min

Atualizada em: 08/02/2022 - 08h42min


Jean Peixoto
Jean Peixoto
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Rádio Minuano FM de Sarandi / Divulgação
Assalto ocorreu por volta de meio-dia, mas reféns foram liberados somente após as 18h

 A família do professor Geferson Gustavo Wagner Mota da Silva, 33 anos, viveu momentos de apreensão na tarde desta segunda-feira (7). Durante seis horas, criminosos mantiveram reféns em uma loja que fica a poucos metros da residência onde o professor mora com a esposa, o filho de quatro anos e o sogro, no Centro de Palmeira das Missões, no Noroeste do RS. O fato alterou completamente a rotina da cidade. 

Morador da Rua Major Novaes, paralela à Avenida Independência, onde fica a loja, Geferson conta que ficou sabendo do assalto por mensagens em grupos de WhatsApp. Segundo ele, da sua janela era possível ver as ruas do Centro bloqueadas e com intensa movimentação de policiais na vizinhança. 

— Em um primeiro instante, achamos que se tratava de uma brincadeira ou algo que não poderia ser verdade. Nunca aconteceu nada desse gênero aqui. É uma cidade com cerca de 35 mil habitantes. Se tiver um carro de Uber é muito. Não estamos acostumados com esse tipo de coisa aqui no Interior — destaca. 

Cliente antigo da loja Meluchinha, que segundo ele existe há mais de 20 anos, o professor comenta que os moradores ficaram apreensivos ao saber que havia pessoas conhecidas no interior do estabelecimento. Pelo WhatsApp, vizinhos compartilharam fotos e vídeos de policiais com fuzis posicionados em prédios da região central. 

— Foi um turbilhão de sentimentos, de terror, apreensão e expectativa para que aquilo acabasse logo. Ficamos apavorados — destaca o professor. 

Imprensa presente 

O jornalista Luis Carlos Guiseli foi um dos repórteres locais que acompanharam toda a movimentação. Ele conta que o clima pelas ruas da cidade era de muita tensão. Guiseli lembra de um momento em que, sem saber, estava ao lado da sobrinha de uma refém. Quando foi informado, prestou solidariedade. 

— Foi um dia muito tenso. Mesmo estando a distância, estávamos envolvidos e pensávamos em como aqueles reféns sairiam dali. Também tínhamos que nos preocupar com a nossa própria segurança. Quando veio a informação de que ocorreria a rendição, tivemos um alívio, mas, ao mesmo tempo, ficamos na tensão da saída, por não sabermos o que poderia acontecer — comenta o repórter. 

O alívio só veio por volta de 18h15min, quando os criminosos se renderam e liberaram os últimos seis reféns. Aos poucos, os agentes da Brigada Militar começaram a retirar as contenções e a reabrir o tráfego pelas ruas do Centro. 


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