Polícia



Trabalhos no terreno

Praticamente metade do entulho do prédio implodido da SSP já foi retirado do local

Empresa responsável pela operação estima finalizar o processo em abril

24/03/2022 - 07h00min

Atualizada em: 03/04/2022 - 17h19min


Anderson Aires
Anderson Aires
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Mateus Bruxel / Agencia RBS

Pouco mais de duas semanas após a implosão do prédio que abrigava a sede da Secretaria da Segurança Pública (SSP) do Rio Grande do Sul, os trabalhos no local seguem concentrados na remoção de entulhos. Com operação iniciada na semana passada, aproximadamente a metade das 20 mil toneladas de escombros já foi retirada do local. A empresa FBI, responsável pela demolição, informou que a projeção para finalização do serviço segue no âmbito de 30 a 40 dias. Com isso, a operação seria encerrada entre os dias 5 e 15 de abril, segundo a companhia. No entanto, a FBI destaca que tenta adiantar esse prazo.

O engenheiro responsável da FBI, Manoel Jorge Diniz Dias, afirma que a equipe começou o trabalho de remoção garantindo um estoque maior de entulho para manter o fluxo de viagens sem transtornos no trânsito. No entanto, Dias destaca que essa espécie de “pulmão” não é mais necessária:

— Essa figura foi descartada, porque vimos que a movimentação de caminhões no local não causou transtornos para a comunidade.

Neste momento, os trabalhos no terreno estão concentrados em duas frentes. Uma na divisão e no fracionamento dos entulhos e a outra ocorre no carregamento e retirada desse material do local.  

Três escavadeiras são utilizadas na operação. Duas delas são equipadas com concha e rompedor hidráulico, conhecido como tesoura, e atuam na fragmentação e separação entre sucata e entulho. A terceira máquina é responsável pelo carregamento dos oito caminhões que transportam os resíduos. A SSP informou que as estruturas mais altas que continuaram em pé após a implosão já foram derrubadas com ajuda de cabos tracionados.

Destino dos entulhos

As ferragens estão sendo encaminhadas para as unidades de Charqueadas e Sapucaia do Sul da empresa Gerdau, segundo a SSP.

— Esse material passa por processo de reciclagem na siderurgia. (...) Depois, é reintroduzido em processos industriais — explica Dias.

O concreto que virou entulho será reciclado e reinserido na indústria. O material é enviado para a unidade da SBR Reciclagem, em Canoas. A empresa tem sede em Jundiaí (SP) e conta com uma operação no município da Região Metropolitana.

Todo o entulho chega misturado na usina, com presença de terra, concreto, tijolo, plástico, papel, papelão, madeira e pedaços de metal. A SBR separa todos esses materiais. O concreto e o tijolo são britados, peneirados e reutilizados, segundo o engenheiro civil Marcos Eugenio Dauernheimer, representante comercial da SBR no Estado. 

A SBR comercializa esse material para uma carteira de clientes. O concreto vira pó de pedra, pedrisco, pedra um e rachão, que é um tamanho de pedra maior. Esses itens podem ser usados em obras na construção civil, como pavimentação e base de tubulações, e em diversos outros itens. No entanto, não podem ser empregados em estruturas.

Em relação aos entulhos da SSP, que estão chegando ao local, Dauernheimer destaca que a primeira etapa do processo de reciclagem deverá ocorrer dentro de 15 dias.

— O início do processo se dará dentro de duas semanas, que é um primeiro peneiramento ao qual a gente submete o material — pontua.

A seguir: imagens do processo de reciclagem do concreto

Fotos são de entulhos de outra origem. Material da SSP entrará no processo em aproximadamente de 15 dias



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