Crime na Zona Sul
Psicóloga acusada de mandar matar o noivo em Porto Alegre é condenada a 18 anos de prisão
Lisiane Rocha Menna Barreto responde pelo homicídio de Marcelo Henrique Prade, ocorrido em 2012. Há outros dois réus no processo, que devem ser julgados em abril
A psicóloga Lisiane Rocha Menna Barreto foi condenada, em júri que terminou na madrugada desta sexta-feira (18), a 18 anos de prisão pela morte do noivo, Marcelo Henrique Prade, ocorrida em 2012 em Porto Alegre. A vítima foi morta por estrangulamento quando chegava em casa após uma viagem a trabalho.
Lisiane foi condenada por homicídio triplamente qualificado — motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima —, em regime inicialmente fechado. Ela não foi presa, contudo, por estar grávida de um mês — o juiz determinou medidas cautelares e apresentação bimestral em juízo.
Há outros dois réus, que são apontados como executores do crime: José Vilmar dos Santos Rocha, tio de Lisiane, e Elisandro Rocha Castro da Silva. O julgamento deles, no entanto, foi adiado para 28 de abril.
Prade, à época com 46 anos, era funcionário do Sicredi. Ele e Lisiane haviam se conhecido por meio de um aplicativo de relacionamento e estavam juntos havia cerca de um ano.
Conforme a denúncia do Ministério Público (MP), em 3 de maio de 2012, por volta das 22h, o bancário foi assassinado quando chegava em casa, na Rua Otávio de Souza, bairro Nonoai, na zona sul da Capital.
A defesa da ré sustenta que ela não mandou matar o noivo. Já o MP afirma que ela foi a mandante e tinha interesse nos bens do companheiro e também em um seguro de vida dele — a discussão sobre os valores está na Justiça.
Contrapontos
O que diz Lisiane Rocha Menna Barreto
Os advogados Ezequiel Vetoretti e Rodrigo Grecellé Vares disseram, durante a semana, que só se manifestam no processo. A reportagem busca contato para novo contraponto.
O que diz José Vilmar dos Santos Rocha
O advogado Raccius Potter preferiu não se manifestar.
O que diz Elisandro Rocha Castro da Silva
O réu era defendido pela Defensoria Pública, mas houve mudança na sua defesa. GZH busca informações para falar com a defesa constituída.