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Investigação

Polícia deve ouvir na próxima semana depoimentos sobre o crime que resultou na morte de cinco pessoas da mesma família

Armas utilizadas por homem para matar quatro familiares e depois se suicidar pertenciam ao sogro, morto na semana passada em decorrência de câncer, segundo delegado

28/04/2022 - 08h31min

Atualizada em: 28/04/2022 - 08h32min


GZH
Ronaldo Bernardi / Agencia RBS
Informações da perícia também são aguardadas pela investigação

Os próximos passos da investigação sobre a morte de cinco pessoas da mesma família em uma casa no bairro Santa Tereza, na zona sul de Porto Alegre, na manhã desta quarta-feira (27), se darão após o enterro das vítimas. Segundo o delegado Rodrigo Pohlmann Garcia, titular da 4ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pela apuração, a polícia deve aguardar que familiares e amigos façam os ritos fúnebres nos próximos dias. 

— Na próxima semana, na segunda-feira (2), devemos ouvir os irmãos, a outra familiar que estava na residência (e sobreviveu), o funcionário que trabalhou e que auxiliou no primeiro momento essa senhora que estava na residência — explicou Pohlmann em entrevista ao programa Gaúcha +, da Rádio Gaúcha.

Além dos depoimentos, a apuração aguarda, do Instituto-Geral de Perícias (IGP), laudos de necropsia, de local de crime e outras informações que possam auxiliar na investigação e na avaliação de possível uso de medicamentos para dopar a família.

Um homem matou a tiros a esposa, o filho adolescente, a mãe e a sogra, enquanto dormiam. Depois, o atirador, de 44 anos, cometeu suicídio. A polícia ainda não confirma as identidades oficialmente, mas GZH apurou que o autor é Octávio Driemeyer Júnior, 44 anos, e as vítimas são a esposa dele, Lisandra Lazaretti Driemeyer, 45, o filho Enzo Lazaretti Driemeyer, 14, a mãe de Octávio, Delci Driemeyer, 79, e a mãe de Lisandra, que é sogra do autor, Geraldina Lazaretti, 81.

De acordo com o delegado, as evidências colhidas apontam para a possibilidade de que o crime tenha sido premeditado. A polícia verificou que as armas utilizadas nos homicídios e no suicídio não pertenciam a Octávio, mas seriam de seu sogro, que estava doente e morreu na semana passada de câncer.  

— Eles estavam cuidando do sogro na residência onde aconteceu o crime. Dizem, inclusive, que a morte do sogro teria abalado muito o autor do crime — acrescenta. — Acreditamos que, em virtude da doença do sogro, ele estar acamado e sendo cuidado pelos familiares, ele (Octávio) poderia ter acesso ao registro do sogro e aí, já pensando em cometer um fato como cometeu, ele pudesse ter pego essas armas na residência do sogro.

A polícia e os peritos avaliam que o autor do crime seja de fato o pai devido à forma na qual o corpo se encontrava, às lesões provocadas na mão, por segurar a espingarda na posição em que estava, e às imagens registradas antes do crime em câmeras de segurança.

— Não há movimentação de terceira pessoa que não seja dos familiares naquele local. A dinâmica toda demonstra de que o fato ocorreu realmente daquela maneira, ou seja, ele teria matado os familiares e depois cometido suicídio no quarto em que estava o filho — diz Pohlmann.

Ouça a entrevista completa



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