Polícia



Vale do Sinos

Buscas por advogada desaparecida em São Leopoldo completam 10 dias

Situação gera comoção da comunidade, que repassa informações à polícia e espalhou cartazes pela região

27/07/2022 - 08h46min

Atualizada em: 27/07/2022 - 08h47min


Bruna Viesseri
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Lauro Alves / Agencia RBS
Alessandra Dellatorre, 29 anos, está desaparecida desde a tarde do dia 16

Um caso que gera comoção no Vale do Sinos e arredores, o desaparecimento de Alessandra Dellatorre, 29 anos, completa 10 dias nesta terça-feira (26). A advogada não é vista desde que saiu para caminhar na tarde do dia 16, um sábado, no bairro Cristo Rei, em São Leopoldo. Uma investigação da Polícia Civil, que apura o paradeiro da jovem, segue em andamento.

De acordo com o delegado André Serrão, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de São Leopoldo, as equipes ainda acreditam que Alessandra pode estar viva. Segundo ele, a polícia foca agora em filtrar e verificar informações que chegam à delegacia, apontando o possível paradeiro da jovem.

— Nós seguimos apurando denúncias que chegam a todo momento, indicando onde ela poderia estar. A hipótese de que ela não está na região de mata (onde Alessandra teria ido caminhar naquele dia) começa a crescer, já que ela não foi encontrada naquele local durante as buscas com cães farejadores e também em razão de diligências feitas. É possível que esteja em outra região, desorientada.

As buscas na área conhecida como Matão, no limite entre São Leopoldo e Sapucaia do Sul, onde Alessandra teria ido caminhar, duraram três dias, da manhã de domingo (17) até a noite de terça-feira (19), mas nada foi encontrado. Atuaram na ação agentes da Brigada Militar, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil, inclusive com cães farejadores. O trabalho foi suspenso e pode ser retomado caso apareçam novas pistas.

Polícia Civil / Divulgação
Busca por Alessandra causa comoção

Na tarde de sábado, Alessandra saiu de casa, por volta das 14h30min, no bairro Cristo Rei, e passou pela Rua Padre Pedro Schneider, onde foi flagrada por uma câmera (assista ao vídeo acima). Algumas quadras depois, entrou na Avenida Unisinos, onde caminhou pelo gramado do canteiro central. Nesse trecho, ao passar em frente a uma pizzaria, foi novamente gravada por câmeras. À direita, entrou na Avenida Theodomiro Porto da Fonseca, na área chamada de Matão. O espaço, entre árvores altas, costuma ser usado para prática de atividades físicas.

Depois disso, nenhuma câmera ou morador indicou Alessandra saindo da área, mas é possível que ela tenha deixado o local pela mata, sem ser flagrada.

Comoção

Ao longo dos últimos 10 dias, pessoas que se comoveram com a história vêm buscando formas de ajudar a localizar Alessandra. Ao longo do caminho feito pela jovem antes do desaparecimento, foram espalhados cartazes com foto e informações da advogada, assim como nas quadras perto da casa onde ela mora.

A família de Alessandra também divulgou materiais em que pede ajuda na busca. Em um vídeo divulgado na sexta-feira (22), os pais de Alessandra falam sobre a personalidade da jovem, pedem apoio para encontrá-la e agradecem pela divulgação do sumiço.

— Eu lhes peço encarecida e humildemente, um pai e uma mãe que estão em desespero, que se souberem de qualquer fato ou situação relacionada à Alessandra que entre em contato —  pede o pai, Eduardo Dellatorre, nas imagens.

— Nossa Alessandra é uma pessoa muito simples, que faz amizade fácil. É super estudiosa, amorosa e de opiniões firmes e decididas. Nós não sabemos o que pensar, mas acreditamos que ela está com os pensamentos desorganizados e por isso não consegue voltar para casa — diz a mãe, Ivete Dellatorre, em seguida.

Dias antes, o namorado da jovem, Guilherme Zagonel, também divulgou áudio em que pede que Alessandra retorne para casa:

— Por favor, volta. Estou sentindo muito a tua falta. Tu sabe que é o amor da minha vida. Estamos todos reunidos aqui em casa.

Segundo a polícia, a participação da família na investigação tem sido "excepcional".

Quem tiver informações que possam contribuir para a resolução do caso deve entrar em contato com a Polícia Civil pelo telefone 0800-642-0121.


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