Vale do Sinos
Em vídeo, pais relatam angústia pelo desaparecimento de advogada em São Leopoldo e oferecem recompensa por informações
Alessandra Dellatorre foi vista pela última vez no dia 16 de julho, no bairro Cristo Rei
A família de Alessandra Dellatorre, 29 anos, divulgou neste sábado (30) um vídeo e fez postagens em redes sociais nas quais oferece uma recompensa por quem oferecer informações que levem à localização da jovem com vida. A advogada desapareceu no dia 16 de julho, no bairro Cristo Rei, em São Leopoldo, depois de sair para caminhar.
Em um vídeo publicado no YouTube, os pais de Alessandra, Eduardo e Ivete Dellatorre, aparecem segurando o retrato da filha e fazendo um relato sobre a angústia que vivem nos últimos 15 dias.
— Nossa vida tem sido um eterno chorar, um eterno lamentar, seja de noite, seja de dia. A gente adormece no cansaço extremo e acorda em pesadelo, com as imagens dela. A gente se alimenta somente o mínimo necessário para nos mantermos em pé e na esperança de que podemos tê-la novamente viva em nosso lar. Nós estamos sem ar, sem vida. Sem a nossa filha, o mundo terminou para nós — diz na gravação o pai da advogada.
O casal pede que todos que tiverem alguma notícia do paradeiro de Alessandra informem à polícia imediatamente. Para facilitar o recebimento de informações, a família disponibilizou um número de telefone com WhatsApp, exclusivo para este fim: (51) 99771-5838. O contato foi divulgado pelo namorado da jovem, Guilherme Zagonel, em post no Instagram, no qual é informado o valor de R$ 15 mil como recompensa.
— Nós estamos oferecendo uma recompensa, porque todas as outras vias estão se esgotando, e precisamos de toda a ajuda possível. As autoridades de segurança estão fazendo todo o possível para encontrar a Alessandra, mas precisamos de mais ajuda — pede Zagonel.
A mãe da jovem demonstra perplexidade com o desaparecimento da filha.
— Nos primeiros momentos, a gente tentava negar a realidade para suportar este momento, mas são 15 dias e nada, e não pode uma pessoa ter evaporado. Se ela não está no mato, onde ela está? — questiona, no vídeo.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul e, recentemente, também pela Polícia Civil de Santa Catarina, segundo a família. Conforme familiares de Alessandra, foram recebidos relatos de que ela foi vista em Araranguá, no Estado vizinho.
O caso
Na tarde de sábado, Alessandra saiu de casa, por volta das 14h30min, no bairro Cristo Rei, e passou pela Rua Padre Pedro Schneider, onde foi flagrada por uma câmera. Algumas quadras depois, entrou na Avenida Unisinos, onde caminhou pelo gramado do canteiro central. Nesse trecho, ao passar em frente a uma pizzaria, foi novamente gravada por câmeras. À direita, entrou na Avenida Theodomiro Porto da Fonseca, na área chamada de Matão. O espaço, entre árvores altas, costuma ser usado para prática de atividades físicas.
Depois disso, nenhuma câmera ou morador indicou Alessandra saindo da área, mas é possível que ela tenha deixado o local pela mata, sem ser flagrada. Por isso, as buscas da Polícia Civil foram concentradas durante três dias na área conhecida como Matão, no limite entre São Leopoldo e Sapucaia do Sul, onde Alessandra teria ido caminhar. No entanto, nada foi encontrado. Atuaram na ação agentes da Brigada Militar, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil, inclusive com cães farejadores. O trabalho foi suspenso e pode ser retomado caso apareçam novas pistas.
Quem tiver informações que possam contribuir para a resolução do caso deve entrar em contato com a Polícia Civil pelo telefone 0800-642-0121, pelo telefone 190 ou pelo telefone disponibilizado pela família, (51) 99771-5838.