Indicadores da criminalidade
Homicídios aumentaram 32% e feminicídios caíram 50% em agosto no RS
Em Porto Alegre, os assassinatos dobraram no oitavo mês de 2022, na comparação com o mesmo período do ano passado
O número de homicídios no Rio Grande do Sul teve aumento de 32% em agosto, enquanto os feminicídios apresentaram queda de 50% em relação ao mesmo período de 2021. Os dados foram divulgados na noite desta sexta-feira (9) pela Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP).
O RS registrou 152 assassinatos em agosto, contra 115 no mesmo mês do ano passado. No acumulado, o Estado soma 1.088 vítimas, 11 a mais do que nos oito meses de 2021. A alta no volume de assassinatos também está relacionada à escalada dos homicídios na Capital no último mês.
Conforme os dados da SSP, Porto Alegre teve aumento de 100% de homicídios em agosto com relação ao mesmo período de 2021, passando de 13 no último ano para 26 em 2022. No acumulado de janeiro a agosto, a Capital também teve alta de 7,1% no número de vítimas de homicídios, subindo de 183 para 196.
O roubo de veículos no RS também teve alta em agosto, de 15,5%, passando de 316 ocorrências no mesmo período de 2021 para 365 neste ano. No acumulado, esse tipo de crime manteve a redução, somando 2.981 registros, frente aos 3.348 do mesmo período no ano anterior, uma baixa de 11%.
A Capital acompanhou os dados estaduais, com aumento de 46,8% nos roubos de veículos na cidade que tem a maior frota veicular e concentra os delitos desse tipo no RS. Ao todo, foram registrados 160 roubos de veículos em agosto, frente aos 109 no mesmo mês em 2021.
Feminicídios diminuíram
Na contramão dos homicídios, o número de feminicídios no RS em agosto caiu de 14 para sete casos, uma baixa de 50% com relação ao mesmo mês de 2021. Segundo a SSP, das sete vítimas, apenas uma contava com medida protetiva de urgência (MPU). Desde janeiro, o Estado contabiliza 75 feminicídios, três a mais que nos oito meses iniciais de 2021, o que representa uma alta de 4,2%.
As tentativas de feminicídio tiveram uma oscilação, subindo de 22, no ano passado, para 23 em 2022, uma alta de 4%. No acumulado do ano, as lesões corporais, que também estão inclusas nos dados de violência contra a mulher, houve alta de 1%.