Região Metropolitana
Preso em Viamão segundo suspeito de executar homem que teve a cabeça deixada no bairro Santa Tereza, em Porto Alegre
Criminoso foi localizado no bairro Tarumã pelo Departamento de Homicídios da Capital; outros suspeitos seguem sendo investigados
O segundo suspeito de executar no mês de agosto uma vítima, que foi decapitada em Porto Alegre, foi localizado pela Polícia Civil no bairro Tarumã, em Viamão. A prisão, realizada na sexta-feira (23), foi divulgada na manhã deste sábado (24) porque o Departamento de Homicídios ainda estava averiguando a participação do suspeito na execução ocorrida dia 24 de agosto na Vila Cruzeiro, bairro Santa Tereza, zona sul da Capital.
O preso, que não teve o nome divulgado porque a investigação continua, foi apontado como responsável por abordar a vítima momentos antes do crime e depois por queimar o corpo dentro de um veículo usado pelos suspeitos. A cabeça foi deixada em uma calçada e, somente dias depois, foi possível a identificação de Zambi Rodrigues Barros, 29 anos.
O primeiro suspeito do homicídio foi detido no início deste mês e pelo menos mais dois criminosos seguem sendo investigados. A morte é uma das mais de 30 que ocorreram desde final de junho deste ano, decorrentes da guerra entre duas facções na Região Metropolitana.
Na primeira onda de violência causada por estes dois grupos, entre março e abril deste ano, houve outros 25 assassinatos.
De acordo com a diretora do Departamento de Homicídios de Porto Alegre, delegada Vanessa Pitrez, a cabeça da vítima foi jogada no local — na Vila Cruzeiro — por indivíduos que passaram de carro pela via pública na localidade. Cerca de meia hora depois, um catador de lixo encontrou o saco plástico e acionou a polícia, que passou a investigar o caso.
Segundo a delegada, Zambi atuava junto ao tráfico de drogas na região e tinha ligação com o grupo criminoso que foi criado na região da Zona Sul da Capital. Ele havia sido retirado de dentro de casa, no bairro Cavalhada, horas antes do crime. Segundo informações apuradas pela reportagem, o homem é natural de Porto Alegre e seria filho de um policial civil, que já faleceu.
A investigação indica que o homicídio teria sido cometido por uma facção rival, originada no Vale do Sinos, em mais um episódio da guerra entre as facções registrada na cidade.