Depois de encontrar, na manhã desta sexta-feira (2), os corpos de Leonardo de Souza Xavier, 19 anos, e Taís de Lima Prestes, 24, enterrados em uma área de mata na Rua Adalto Martins Viegas, em Nova Santa Rita, Região Metropolitana, a Polícia Civil divulgou neste sábado (3) a possível motivação do crime. Conforme apuração dos agentes da Delegacia de Homicídios de Canoas, a dupla execução do casal que estava desaparecido havia 20 dias teria sido motivada por ciúmes. Consta no inquérito policial que um suspeito, já identificado, teria assassinado os dois porque havia sido traído pela jovem. Essa é a principal linha de investigação. 

A informação foi confirmada neste sábado pelo delegado responsável pelo caso, Arthur Reguse. Segundo ele, o desfecho do caso deve ser divulgado nos próximos dias, até porque um segundo suspeito também foi identificado. Para a polícia, o homem que se sentiu traído pela vítima agiu junto com um comparsa. 

— Estamos apurando todos os fatos, mas os indícios levam a nossa investigação à questão do ciúmes. O que posso falar no momento é que o principal suspeito planejou o crime porque a jovem estaria se relacionando com a outra vítima, no caso, o Leonardo. Todos os indícios apontam para isso e é só o que posso falar agora — explica Reguse. 

Os nomes dos investigados estão sendo mantidos em sigilo, assim como possível pedido de prisão. O delegado praticamente nega que o motivo tenha relação com o tráfico de drogas ou que tenha ocorrido pedido de resgate, como se tivesse ocorrido um sequestro. 

O delegado destaca que houve registro de ocorrência sobre possível sequestro, mas toda a apuração leva ao crime de homicídio porque o suspeito que manteve relacionamento com Taís se sentiu traído. Em 13 de maio deste ano, testemunhas viram homens armados e encapuzados colocando a jovem dentro de um carro em Canoas. O veículo foi encontrado em Nova Santa Rita, mesma cidade onde os corpos foram encontrados 20 dias depois. 

Um laudo do Instituto-Geral de Perícias (IGP) deve apontar as causas das mortes. Reguse diz que tudo indica que foram mortos a tiros, mas somente a perícia pode detalhar com exatidão pelo fato de que os corpos já estavam enterrados desde 13 de maio. 

Leonardo e Taís não tinham antecedentes criminais.