Maus-tratos
Polícia Civil prende duas pessoas e apreende 60 aves em investigação sobre rinhas de galo em Alvorada
Quatro mandados foram cumpridos no bairro Formoza, nesta segunda-feira, após denúncia
A Polícia Civil realizou ação nesta segunda-feira (21) no bairro Formoza, em Alvorada, na Região Metropolitana, após denúncia de rinhas de galo em uma espécie de galpão na localidade. Na ofensiva, 60 aves foram apreendidas e duas pessoas foram presas em flagrante por porte ilegal de arma de fogo.
As prisões e apreensões ocorreram durante cumprimento de quatro mandados judiciais de busca expedidos pela Justiça. Durante a ação, 15 agentes da Delegacia do Meio Ambiente do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) também apreenderam munição, troféus para os vencedores de brigas entre galos, além de anabolizantes, vitaminas e outros medicamentos usados nos animais.
A delegada Samieh Saleh, responsável pela apuração e pelo comando das buscas, destaca que até mesmo uma bandeira usada pelos competidores — que contém o nome do grupo e fotos de galos de rinha — foi apreendida. A polícia agora trabalha para identificar todos os responsáveis e usuários do local onde os animais brigavam e também eram acondicionados em gaiolas.
Além dos presos — um homem e uma mulher, que não tiveram os nomes divulgados —, mais um suspeito foi identificado. Todos são alvo de inquérito policial por organizar as rinhas e por criar as aves.
Segundo apuração, um deles fazia questão de circular armado durante a realização dos eventos criminosos. Os delitos apurados, até o momento, são os de maus-tratos a animais e posse irregular de arma de fogo.
No primeiro caso, a pena prevista, em caso de condenação, é de três meses a um ano de prisão, além do pagamento de multa. Em relação ao porte ilegal de armamento, a pena prevista é de dois a quatro anos de detenção.
— É importante salientar que a prática da atividade investigada nesta ação é contrária à primazia do bem-estar animal, gerando necessidade de proteção aos galos envolvidos nas rinhas. Além dos prejuízos ambientais, estas atividades trazem risco para a ordem pública e a segurança da comunidade, haja vista que esses eventos ilegais geralmente envolvem a presença de espectadores, apostas e outras atividades associadas ao crime organizado — explica Samieh.