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"Passamos dia e noite na rua procurando", diz filha que busca pistas sobre idoso com Alzheimer desaparecido

Valmor Zefino, 76 anos, foi visto pela última vez na estação Esteio da Trensurb; caso é investigado pela Polícia Civil de Canoas

12/01/2024 - 10h05min

Atualizada em: 12/01/2024 - 14h12min


Eduardo Carvalho
Eduardo Carvalho
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Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal
Imagens de câmera de segurança da Trensurb mostram Valmor Zefino em 26 de dezembro.

O dia de Natal foi o último em que os familiares do aposentado Valmor Zefino, 76 anos, tiveram contato com ele. Na tarde de 25 de dezembro do ano passado, o idoso, que tem Alzheimer, aproveitou o vaivém de visitas na casa localizada no bairro Guajuviras, em Canoas, e saiu sem avisar. Desde então, está desaparecido, e a família procura de porta em porta pelas ruas da Região Metropolitana. 

O paradeiro é investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Canoas, responsável pelo caso. Informações podem ser repassadas de forma anônima pelo disque-denúncias, no número 181.

Na madrugada de 26 de dezembro, câmeras de segurança da estação Esteio da Trensurb flagraram o idoso caminhando em direção à saída do local. Essa foi a última vez que ele foi visto. A família de Zefino percorre todos os dias possíveis trajetos feitos por ele na esperança de encontrar alguma pista que leve ao paradeiro do idoso. Uma das filhas, Dayane Brum destaca que a busca é incansável:

— A gente não para. Passamos dia e noite na rua procurando. Vamos atrás de câmeras ou qualquer pista, não interessa se é Porto Alegre, Novo Hamburgo, Esteio. A única certeza que temos é de que ele foi visto no dia 26 de dezembro, não conseguimos confirmar mais nada além disso.

Cartazes foram espalhados pelo bairro Guajuviras e por outras localidades próximas em Canoas. A família teve acesso às imagens das câmera da Trensurb do dia 26, depois disso, segundo eles, não foram repassadas mais imagens. Mesmo assim o contato é direto com a empresa.

— A gente tem contato com eles, os funcionários ajudam com algumas informações que chegam e vão atrás para verificar — destaca Dayane.  

Procurada, a Trensurb afirma que já encaminhou vídeos à Polícia Civil e que é política interna o fornecimento de imagens do sistema de monitoramento somente às autoridades competentes ou por ordem judicial (leia a nota completa abaixo).

Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal
Não há nenhum indício de que o idoso tenha sido vítima de crime violento.

A esposa de Zefino sofre com a falta de informações do marido. Segundo a filha, ela sai de casa todos os dias para procurar o companheiro: 

— A mãe está destruída, acabada. Ela acaba sendo até ignorante com as pessoas, às vezes, porque está no limite. Está cansada, estressada... Anda dia e noite na rua e já gastou horrores em cartazes.

Investigação 

O caso chegou até a Polícia Civil no dia seguinte ao desaparecimento, a partir do registro de um boletim de ocorrência na 2ª Delegacia de Polícia de Canoas. Agora, o caso está sob responsabilidade da DHPP da cidade. Os delegados responsáveis não quiseram se manifestar, mas a reportagem de GZH apurou que não há nenhum indício de que o idoso tenha sido vítima de crime violento. 

Parte fundamental do trabalho é a análise de câmeras de monitoramento que possam ter flagrado Zefino. 

Leia a nota da Trensurb na íntegra:

"A empresa está em contato direto com a DPHPP de Canoas, prestando todo o apoio possível às investigações e colocando seu sistema de monitoramento à disposição. Os empregados que trabalham no monitoramento das câmeras também já foram todos comunicados a respeito da situação e das características do desaparecido para ficarem atentos caso o visualizem pelo sistema. Imagens relacionadas ao caso já foram selecionadas para fornecimento à DPHPP e estão à disposição da Polícia Civil. É política da empresa, com base na legislação vigente, o fornecimento de imagens do sistema de monitoramento somente às autoridades competentes ou por ordem judicial".


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