Região Metropolitana
Homem é preso por suspeita de feminicídio após corpo carbonizado ser encontrado em Gravataí
Suspeita-se que os restos mortais sejam da namorada do investigado, que estava desparecida desde o dia 3
Na manhã desta sexta-feira (16), um homem de 34 anos foi detido em Gravataí, na Região Metropolitana, sob suspeita de ter assassinado sua companheira, Ritieli Ribeiro, 22 anos. A jovem estava sem dar notícias à família desde o dia 3 de fevereiro.
Os familiares relatam que, preocupados com o desaparecimento, buscaram informações na residência do companheiro de Ritieli. No entanto, teriam sido impedidos de entrar, enquanto o suspeito negava que ela estivesse lá.
Após a prisão do investigado, vizinhos dele contaram à família da vítima que a jovem esteve no local durante o período de seu desaparecimento e que teriam ouvido gritos de socorro.
O relacionamento entre o suspeito e a vítima teve início na semana do desaparecimento. Segundo o irmão de Ritieli, Junior Ribeiro, ela estava feliz com o início do namoro.
— Ela vinha aqui me mostrar os presentes que ele tinha comprado para ela. Ela estava toda faceira — recorda Junior.
Na última quinta-feira, o irmão de Ritieli reconheceu cabelos e roupas da jovem em um corpo encontrado em avançado estado de decomposição na rua Itacolomi, no bairro Santa Cruz. A polícia informou que a vítima havia sido esquartejada e carbonizada.
— A gente estava aqui perto e não pôde ajudá-la porque ninguém nos contou — lamenta o irmão, que acrescenta:
— Não contaram porque os vizinhos têm medo dele. Ele tem um histórico problemático. É um psicopata.
Junior também relata que o suspeito teria confessado o crime aos policiais militares durante a prisão, quando uma faca supostamente utilizada no assassinato foi apreendida.
Em depoimento, o suspeito alegou que a vítima seria usuária de drogas e o teria agredido, o que teria motivado um confronto físico. Além disso, o homem teria admitido ter incendiado o corpo da companheira.
O Instituto-Geral de Perícias (IGP) ainda não confirmou oficialmente a identidade do cadáver. A investigação está sendo feita pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Gravataí, que não comentou o caso.
* Produção: Camila Mendes