Polícia



Crime na Zona Norte

Mulher presa suspeita de assassinar grávida mandou mensagem para família da vítima: "Deixa eu enterrar meu filho primeiro"

Na tarde de quarta-feira, a Justiça decretou a prisão preventiva de Joseane em audiência de custódia. O inquérito policial ainda apura se ela agiu sozinha ou contou com auxílio de outras pessoas

18/10/2024 - 11h09min


Lucas Abati
Lucas Abati
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Polícia Civil / Divulgação
Mulher foi presa na noite de terça em hospital na zona norte da Capital.

A mulher presa suspeita de assassinar Paula Janaína Ferreira Melo, 25 anos, falou com familiares da vítima no período entre o desaparecimento e o encontro do corpo em um condomínio no bairro Mario Quintana, na zona norte de Porto Alegre. Ao ser questionada por parentes se possuía alguma notícia sobre o paradeiro de Paula, Joseane de Oliveira Jardim, 42 anos, enviou um áudio:

— Moça, não, não precisa me pedir desculpas. É que assim, tá sendo difícil para mim essa situação, tá sendo muito difícil para mim. Assim que der, assim que eu conseguir raciocinar, porque eu não estou conseguindo raciocinar, eu estou à disposição de vocês, estou à disposição da polícia, mas, por favor, deixa eu enterrar meu filho primeiro. Depois eu ajudo vocês a procurar esta menina, mas por favor me deixa enterrar meu filho primeiro — respondeu Joseane.

Conforme a investigação, Joseane dizia para as pessoas que também estava grávida, o que é considerado uma premeditação do crime. Neste áudio, ela argumentava para os familiares de Paula que não poderia ajudá-los na procura pois estava abalada pela morte do filho.

Na tarde de quarta-feira (16), a Justiça decretou a prisão preventiva de Joseane em audiência de custódia. O inquérito policial ainda apura se a mulher agiu sozinha ou contou com auxílio de outras pessoas no crime. A vítima possuía ferimentos na cabeça e cortes na barriga, mas as causas da morte dela e do bebê ainda não foram determinada pela perícia.

O crime

Segundo a Polícia Civil, a suspeita atraiu a vítima até a residência onde ocorreu o crime, no bairro Mario Quintana, com a promessa de doação de um carrinho de bebê. De acordo com a investigação, depois de matar Paula, Joseane retirou o feto da barriga da vítima e simulou uma cena de parto para acionar ajuda.

Nem o bebê nem a mãe sobreviveram. Durante a perícia, foi constatado que a suspeita do crime escondeu o corpo da vítima embaixo da cama, embalado em cobertores e sacos plásticos.

O caso foi descoberto após Joseane buscar ajuda em um hospital de Porto Alegre, onde o bebê chegou sem vida.


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