Tentativa de homicídio
Adolescente joga óleo quente na mãe, na irmã de quatro anos e no padrasto, em Imbé
Familiares foram encaminhados para atendimento hospitalar. Mãe teve 30% do corpo queimado. Garota fugiu, mas foi apreendida na RS-786, com queimaduras no braço
Uma adolescente de 15 anos foi apreendida em Imbé, no Litoral Norte, após jogar óleo quente na mãe, na irmã de quatro anos, e no padrasto. O caso foi registrado por volta de 22h30min dessa terça-feira (19).
Os familiares feridos foram encaminhados para atendimento hospitalar. A mãe da garota teve 30% do corpo queimado e está internada em estado grave, na UTI do hospital de Tramandaí.
Segundo Noslen Rodrigues de Souza, diretor técnico do hospital, a mulher está entubada com queimaduras no rosto, peitoral e membros superiores. Ela deve ser transferida para um centro especializado em atendimento de pessoas com queimaduras.
A menina de quatro anos teve 7% de queimaduras, sendo que 2% delas são de 2º grau. Ela foi atendida no hospital, mas não precisou de internação e recebeu alta.
O padrasto teve queimaduras e ainda foi esfaqueado pela jovem. Ele teve ferimentos no olho, no tórax e no abdômen e foi transferido para o HPS de Porto Alegre.
Segundo relato da mãe da adolescente, a filha esquentou óleo de cozinha e jogou nela, na irmã e no homem, que estavam no sofá. Ela fugiu, mas foi encontrada na RS-786, com queimaduras no braço.
Aos policiais, a garota disse que era maltratada pelo homem, sem fornecer mais detalhes, o que teria motivado o ataque. Segundo os investigadores, ela teria histórico de transtorno bipolar e tinha parado de tomar medicação.
O conselho tutelar também foi chamado porque havia mais três crianças na casa, de 10 meses, 7 e 11 anos. A perícia e Brigada Militar foram acionadas e o local foi isolado. O caso é tratado pela investigação como homicídio doloso tentado.
O padrasto, que cumpria pena por roubo, na penitenciária de Osório, teve o direito a uma saidinha no dia 13 de novembro e teria que retornar na tarde desta quarta-feira (20) até às 15h para a prisão.
Em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Zero Hora não divulga o nome da suspeita e nem dos parentes vítimas no crime.