Crime em janeiro
Quatro pessoas viram rés por morte de estudante da UFRGS na Ilha das Flores
Três homens estão presos e uma mulher responde em liberdade. Eles irão responder por duplo homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa das vítimas, além do uso de arma de fogo
A Vara do Júri aceitou a denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul e três homens e uma mulher viraram réus pela morte da estudante Sarah Silva Domingues, de 28 anos, e do comerciante Valdir dos Santos Pereira, de 53 anos. O crime aconteceu em janeiro na Ilha as Flores, no bairro Arquipélago, em Porto Alegre.
Os nomes dos denunciados não foram divulgados, mas a reportagem de Zero Hora apurou tratar-se de Leonardo da Silva Mallet, Clarice da Silva Mallet, Irineo Lopes Kaiper e Jessé Gonçalves Kaiper.
Os quatro vão responder por duplo homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa das vítimas, além do crime de emprego de arma de fogo.
Leonardo da Silva Mallet, conhecido como Giggio, está preso na Penitenciária Estadual de Charqueadas. Irineo Lopes Kaiper e Jessé Gonçalves Kaiper estão detidos no Núcleo de Gestão Estratégica do Sistema Prisional (Nugesp). Já Clarice da Silva Mallet responde em liberdade.
A reportagem busca contato com as defesas, mas até a publicação não obteve retorno. O espaço segue aberto.
O crime
O crime aconteceu por volta das 19h30min do dia 23 de janeiro de 2024, na Rua do Pescador. Sarah Silva Domingues era estudante do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Ela realizava uma pesquisa para o trabalho de conclusão de curso (TCC), quando foi atingida por tiros. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas ela não resistiu aos ferimentos e morreu no local. O comerciante Valdir dos Santos Pereira também foi morto.
A investigação da polícia apontou que o comerciante seria o alvo dos disparos. Ele teria uma desavença com membros de uma facção criminosa, que ordenaram a execução. No entanto, a polícia apurou que nenhuma das duas vítimas tinha ligação com o crime organizado.